Para ser chefe-geral da Embrapa é preciso passar por uma
seleção pública criteriosa.
Além de
currículo de excelência, compatível com
as
atividades da Empresa e da Unidade, o candidato ao cargo maior de um
centro de pesquisa precisa ter uma proposta de trabalho relevante para
ser aprovado. Mas e depois que está no cargo? Como, na
correria
do dia-a-dia, é possível acompanhar o cumprimento
das
ações propostas pelos gestores?
Com base em experiências internacionais, como a realizada
pela
Consultative Group on International Agricultural Research –
CGIAR, foi implantada na Embrapa a avaliação dos
chefes-gerais, publicada no
Boletim
de Comunicações
Administrativas (BCA) Nº 42, de 05/10/09, por meio da
Resolução Normativa Nº 24.
A Resolução
contém os
termos
de referência no qual
estão
previstos os objetivos e equipe de avaliação,
perfil dos
avaliadores, metodologia, apoio documental entre outras
informações vinculadas ao processo.
Quem é chefe-geral há mais de um ano no cargo
está
nesse processo, onde a metodologia de avaliação
é
pública e é realizada por especialistas de fora
da
Embrapa que terão 15 dias para realizar análise
documental, entrevistas na Unidade e elaborar o relatório e
acontecerá com todos os chefes de UDs. Até o
final de
maio, o chefe-geral da Embrapa Algodão, Napoleão
de
Esberard Macedo Beltrão, deverá ter a sua
gestão
avaliada por meio de documentos institucionais e
percepções de empregados e parceiros.
A ideia da avaliação é oferecer aos
gestores um
instrumento para reflexão sobre eventuais ajustes e
realinhamento das ações da Unidade. O
relatório
desse trabalho também será utilizado na hora de
decidir
sobre a recondução dos chefes ao cargo.
Instrumento de melhoria da gestão global da Empresa
A Embrapa deu início a uma das ações
estratégicas para melhoria da gestão global da
Empresa: a
Avaliação Externa de Chefes-Gerais das Unidades
Descentralizadas – UDs. Duas unidades da Empresa –
Embrapa
Agropecuária Oeste e Embrapa Clima Temperado –
foram as
primeiras que passaram pelo processo. As próximas a serem
avaliadas serão: Embrapa Agrobiologia, Embrapa
Agroindústria de Alimentos, Embrapa Gado de Corte, Embrapa
Acre,
Embrapa Algodão, Embrapa Amazônia Oriental,
Embrapa Soja
e Embrapa Café.
Para o diretor-presidente, Pedro Arraes, “a
avaliação dos chefes-gerais tem o objetivo de se
tornar
um instrumento analítico de gestão para subsidiar
tanto a
Diretoria Executiva na hora de decidir sobre a
recondução
da chefia, como o chefe-geral para a execução de
eventuais ajustes e realinhamentos na sua
administração.
O processo deverá ser regularmente feito depois do primeiro
ano
do mandato e antes do término do segundo. Como os
procedimentos
operacionais estão em caráter experimental,
é
natural que tenhamos uma flexibilidade nos prazos. Além
disso, a
partir dessa experiência, melhorias deverão ser
adotadas”.
“A avaliação dos chefes-gerais
já estava
prevista nas normas para seleção para o cargo,
somente
nunca tinha sido executada. Para implementá-la, foram
necessários alguns ajustes. Esse será um grande
ganho
para a prática gerencial na Empresa.
Contribuições
são muito importantes”, lembra Arraes.
Impacto esperado
O diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes, espera que essa
intervenção estimule os gestores a aproximarem-se
dos
empregados. Afinal, segundo ele, as chefias gerais serão
avaliadas quanto à capacidade de liderança,
transparência e articulação interna.
“Lidar
com pessoas nem sempre é fácil e os gestores
precisarão interagir e dialogar mais com os
empregados”.
A proposta de trabalho apresentada pelo chefe-geral quando se
candidatou ao cargo será um dos documentos analisados para
avaliar a atuação do gestor. A ideia é
verificar
se o que foi proposto está sendo realizado integral ou
parcialmente, bem como o que foi cancelado. Os avaliadores
também vão sondar aspectos do ambiente de
trabalho, como
motivação, compromisso do corpo
técnico e
transparência da gestão. Vão levar em
conta a
articulação da chefia-geral com parceiros e ainda
avaliar
se as ações da gestão estão
alinhadas ao
Plano Diretor da Embrapa (PDE) e ao
Plano
Diretor da Unidade (PDU).
O chefe-geral deverá disponibilizar todo acervo de
documentos,
lista de clientes internos e externos e um relatório de
atividades conciso e objetivo da unidade. As dúvidas
poderão ser esclarecidas pelo e-mail
avaliachgeral@embrapa.br
ou pelo telefone (61) 3448 4498.
Colaboração/Textos:
Flávia Bessa – MTb 4469/DF, Joanicy Brito (Mtb
6973 DF)
e Ramiro
Manoel.
Contato: Área
de Comunicação Empresarial e Negócios
Tecnológicos – ACENT