A cultura do algodoeiro é afetada por uma variedade de pragas
que, se não forem controladas desde o início do ciclo,
podem comprometer a produtividade da lavoura. Na última safra,
mais uma praga com grande poder de destruição passou a
preocupar os produtores: a Helicoverpa armigera. Se os custos com de
controle de pragas, já eram altos antes do aparecimento dessa
nova praga, agora passam a por em risco a sustentabilidade da cultura.
Os prejuízos causados na Bahia e em diversos estados produtores
acenderam o sinal de alerta para o modelo que vinha sendo adotado na
maioria das lavouras do país, baseado principalmente, no
controle químico. Nas duas últimas safras, a quantidade
de pulverizações na cultura do algodão aumentou
cerca de 15% devido aos desequilíbrios biológicos
provocados por este sistema de manejo. Para reduzir o efeito negativo
desse manejo com base em inseticidas só existe um caminho, a
adoção do Manejo Integrado de Pragas, o MIP.
Segundo o pesquisador da Embrapa Algodão, entomologista Carlos
Alberto Domingues, não se pode confiar em um único
método para manter o nível de infestação de
insetos sob controle. “Tendo em vista que não existe uma
solução salvadora, temos que levar em conta a necessidade
da adoção de um conjunto de medidas que, combinadas
harmonicamente, resultem no controle”, afirma.
As técnicas que mais se destacam são a
manipulação de cultivares, o controle cultural, o
controle climático e o controle químico. Mas para que
essas técnicas tenham sucesso é preciso fazer a
amostragem utilizando a ficha de monitoramento.
Outra medida importante é, logo após a colheita, destruir
os restos da cultura, a chamada soqueira e a rebrota dentro dos prazos
legais por meio da dessecação química ou
mecânica. Isso evita que as pragas tenham alimento
disponível no período da entressafra. A
destruição dos restos de cultura interrompe o ciclo
biológico de diversas doenças e pragas como o bicudo, a
broca de raiz, pulgões, mosca-branca e as lagartas.
O Dia de Campo na TV Manejo integrado de pragas no algodão para
controle da Helicoverpa armigera foi produzido pela Embrapa
Informação Tecnológica (Brasília/DF) e pela
Embrapa Algodão (Campina Grande/PB), Unidades da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Serviço:
Este programa vai ao ar na sexta-feira, 16 de maio, pelo Canal Rural
(Net/Sky), a partir das 9h. No domingo, 18 de maio, às 7h, pela
NBR (TV do Governo Federal, captada por cabo ou por parabólica),
com reprise às 17h.
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Texto: Edna Santos - MTb-CE 01700
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