Delimitar
ações e estratégias para a safra de
2012 para
definir área a ser cultivada foi um dos pontos discutidos na
1ª Reunião Ordinária do Comitê
Gestor do
Algodão Colorido realizado em 25 de janeiro, no Sebrae/PB
com a
presença de representantes da Embrapa
Algodão,
Ministério da Agricultura, de outros setores, como bancos
públicos, e empresas têxteis e de
confecção
artesanal.
O gestor provisório do comitê, gerente da
área de
negócios da Embrapa Algodão, Waltemilton Cartaxo
falou
sobre alguns aspectos da reunião como a
definição
da área de 200 hectares a ser cultivada pela Cooperativa
Agrícola Mista de Patos (Campal) mediante garantia de compra
da
produção pelas empresas vinculadas com suas
demandas
já delineadas para este ano. O ICMS foi outro assunto
debatido
em busca de alternativas de regras compensatórias para a
compra
do algodão produzido no Estado, como forma de incentivar a
retomada da produção do algodão.
Cartaxo também pontuou outro estrangulamento na cadeia: o
processo de fiação, onde há muitas
dificuldades.
Para superar este entrave, o comitê pretende atuar junto ao
governo federal e estadual na busca de recursos para viabilizar a
implantação de uma fiação
de pequeno porte,
em Patos, que cuidará do processo de
produção a
campo, descaroçamento e da fiação. A
próxima reunião ordinária do
comitê gestor
deverá ser realizada na primeira quinzena de
março em
local a ser definido.
Informações
adicionais
Para
Silvio Napoli, da
Associação Brasileira de Indústria
Textil (ABIT),
e membro do comitê, a tecnologia de
produção do
algodão colorido feita pela Embrapa, tem um grande potencial
para crescer e gerar muitos empregos, e neste sentido a ABIT
atuará colaborando na avaliação de
tecidos e
malhas, acesso ao mercado, controle e desenvolvimento de produtos de
qualidade, colaboração no desenvolvimento do kit
para
identificar a autenticidade do produto e acesso ao SELO QUAL*, da
Associação. Ele disse ainda que o Brasil tem um
potencial
não mensurado nesse segmento. “Enquanto
produzimos,
ano passado, cerca de 100 toneladas de algodão
orgânico,
certificado, o Paraguai produziu perto de cinco mil toneladas. O setor
importou em 2011 cerca de US$ 320 milhões, algo
que
poderia ter gerado no Brasil cerca de 40 mil novos empregos”.
Segundo Virginia Columbiano, analista da Embrapa Algodão, o
KIT
de testes para identificação dos produtos
piratas, em
processo de finalização, será
disponibilizado
até o final do mês de junho.
Várias articulações com o mercado
internacional,
em especial nos Estados Unidos da América estão
em
andamento. A conselheira Francisca Vieira da Natural Cotton Color,
empresa participante do comitê, informou na
reunião que
entendimentos com a APEX Brasil já estão sendo
realizados
para viabilizar a participação da empresa em
eventos de
moda entre maio e junho em cidades americanas. Quanto
à
qualidade final dos tecidos é necessário algum
tipo de
processamento para diminuir a aspereza comum nos tecidos atuais,
“É urgente um trabalho de beneficiamento dos
tecidos,
passando por uma lavagem especial, com detergentes e amaciantes, antes
de irem para as confecções”, disse
Francisca.
* SELO QUAL - Programa de Autorregulamentação de
Roupas Profissionais, Militares, Escolares e Vestimentas da ABIT.
Colaboração - Jany Cardoso - (MTB-DF
08337) e Dalmo Oliveira
Edna Santos - (MT - CE 01700 JP)
Contato: (83) 3182.4312
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