Uma
delegação formada por 45 representantes da
Organização das Nações
Unidas para
Agricultura e Alimentação – FAO visita
a
Paraíba esta semana com o objetivo de conhecer as
experiências agroecológicas do Estado. Entre os
projetos a
serem visitados pela organização está
o
Algodão em Consórcios Agroecológicos,
coordenado
pelo Projeto Dom Helder Câmara – PDHC, em parceria
com a
Embrapa Algodão.
Promovida pelo Ministério do Desenvolvimento
Agrário
– MDA a chamada Gira Técnica FAO também
visa formar
lideranças para a gestão territorial rural na
Paraíba. Na programação
estão previstas
reuniões com técnicos, agricultores,
lideranças,
prefeituras e representantes da Emater para discutir sobre
agroecologia, sustentabilidade ambiental e segurança
alimentar.
As visitas começaram nesta segunda, 31, e seguem
até
sexta-feira, dia 4.
Nesta terça-feira, 1º, a comitiva visita a
comunidade de
Pitombeira, município de Sumé, no
território do
Cariri. A comunidade trabalha com a produção de
algodão em consórcio agroecológico e
de alimentos
como frutas e hortaliças para vender na feira
agroecológica de Sumé.
Outra comunidade visitada pela comitiva nesta terça
é a
do assentamento Serrote Agudo, no município da Prata, na
mesma
região. O assentamento tem forte
organização
social e com experiências na produção
agroecológica. Durante o encontro, serão
abordados temas
como a produção de Algodão em
Consórcio
Agroecológico, frutas, hortaliças e caprino
leiteiro. A
comunidade também apresentará
experiências com
captação e armazenamento de água da
chuva.
Projeto
Algodão em Consórcios Agroecológicos
Coordenado pelo Projeto Dom Helder Câmara, em parceria com a
Embrapa Algodão, o projeto Algodão em
Consórcios
Agroecológicos conta atualmente com 479 famílias
cadastradas em seis territórios da cidadania do
Ministério do Desenvolvimento Agrário: Cariri
Paraibano
(PB), Sertão do Apodi (RN), Sertão do
Pajeú e
Sertão do Araripe (PE), Sertão Central e
Sertão
dos Inhamuns (CE). Na Paraíba, um total de 191 agricultores
estão cadastrados nos municípios de Monteiro,
Livramento,
Prata, Sumé, São João do Tigre,
São
Sebastião do Umbuzeiro e Camalaú.
Desde 2008, o projeto vem trabalhando toda a cadeia produtiva do
algodão, ensinando ao agricultor desde o modo correto de
cultivar a terra até a comercialização
da pluma.
Os produtos orgânicos passam pelo processo de
certificação para que possam ser comercializados
no
chamado comércio justo. Assim, o agricultor é
bonificado
com um preço diferenciado, pois negocia diretamente com os
empresários, excluindo a função do
atravessador.
No consórcio, além do algodão, os
agricultores
também plantam outras culturas alimentares que
são usadas
para o consumo familiar ou para vender em feiras orgânicas,
garantindo uma renda extra ao final da colheita e contribuindo para a
segurança alimentar das suas famílias e dos
consumidores
desses produtos.
Jornalista Responsável: Edna Santos – (MTB-CE
01700 JP)
Embrapa Algodão
Contato: (83) 3182.4312
sac@cnpa.embrapa.br
http://twitter.com/embrapa_algodao