A Embrapa Algodão está ministrando treinamento
sobre a
técnica de produção de Trichogramma
para a
pesquisadora do Instituto de Economia Rural do Mali, engenheira
agrônoma Tinamoud Cisse Bary. Ao todo, serão
quatro
semanas de treinamento abrangendo teoria e prática de todos
os
detalhes da coleta, criação e
liberação
desse parasitóide que é um importante agente de
controle
de lepidópteros-pragas do algodoeiro. Iniciado no dia 13 de
junho, o curso está acontecendo no Núcleo de
Pesquisas do
Cerrado, em Goiânia, e segue até o dia 14 de julho.
A ação faz parte do Programa de Apoio ao
Desenvolvimento
do Setor Algodoeiro dos Países do Cotton-4, desenvolvido
pela
Embrapa Algodão e Ministério das
Relações
Exteriores nos países africanos do Mali, Burkina Faso, Benin
e
Chade.
O controle biológico com o uso do parasitóide
é
uma das alternativas de manejo integrado de pragas do algodoeiro
incentivadas pela Embrapa Algodão naqueles
países.
O treinamento envolve assuntos como controle biológico de
pragas, coleta de insetos no campo, biologia, comportamento e
multiplicação do parasitóide
Trichogramma e dos
hospedeiros alternativos e cuidados na liberação
do
parasitóide no campo.
Para Tinamoud Bary, este treinamento é essencial para que as
atividades no laboratório já instalado em Bamako,
no
Mali, sejam iniciadas. O laboratório foi
construído com
suporte financeiro do governo do Brasil, através do projeto
Cotton-4. Segundo ela, há uma grande expectativa por parte
dos
técnicos e produtores de seu país pela
utilização deste inseto nas lavouras de
algodão,
milho, sorgo e hortaliças.
Parte do treinamento acontece no laboratório de
criação de insetos da Embrapa Arroz e
Feijão, que
é compartilhado com a equipe da Embrapa Algodão,
onde
está a criação de Trichogramma.
Além das
instalações do laboratório de
criação de insetos da Embrapa Arroz e
Feijão, a
pesquisadora do Mali, juntamente com o pesquisador da Embrapa
Algodão, José Ednilson Miranda,
visitará
também a Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG), a ESALQ
(Piracicaba, SP) e uma empresa comercial de
produção de
Trichogramma em Gabriel Monteiro, SP.
“Com isto esperamos que todas as
informações acerca
do assunto possam ser assimiladas pela agrônoma, incluindo a
visão empresarial da atividade”, afirma o
pesquisador
José Ednilson Miranda, responsável pelo
treinamento.
Segundo ele, este treinamento estará focado na
criação de Trichogramma com o uso do hospedeiro
alternativo
Anagastha kuiniella.
“Um outro modelo de
produção, que utiliza
Sitotroga
cereallela,
também
utilizado pela Embrapa Algodão, será abordado no
próximo treinamento”, informa.
Edna Santos – (MTB-CE 01700 JP)
Com informações do pesquisador José
Ednilson Miranda
Contatos: (83) 3182.4361
edna.santos@cnpa.embrapa.br
http://twitter.com/embrapa_algodao