Avaliar os impactos do aquecimento global no desenvolvimento das
plantas e selecionar linhagens mais resistentes às altas
temperaturas. Com esses objetivos principais, pesquisadores da Embrapa
Algodão, juntamente com estudantes de
pós-graduação de universidades locais,
estão realizando experimentos que simulam
condições atmosféricas que podem
acontecer
futuramente na Terra.
Os estudos são conduzidos no Laboratório de
Fisiologia
Vegetal da Embrapa Algodão, onde as plantas são
colocadas
dentro do fitotron, uma espécie de câmara de
crescimento
que controla os níveis de gás carbônico
(CO2), luz,
água, umidade relativa do ar e da temperatura. Dentro do
fitotron as plantas estão sendo testadas em temperaturas de
até 42 °C e elevados níveis de CO2,
permanecendo
nesse ambiente climatizado desde a germinação
até
a produção. Entre as culturas que
estão sendo
avaliadas na pesquisa estão o algodão, a mamona e
o
amendoim.
O chefe geral da Embrapa Algodão e líder do
projeto de
pesquisa, Napoleão Beltrão, explica que, com as
mudanças climáticas, as plantas
sofrerão
alterações fisiológicas e
anatômicas para se
adaptarem. “Em condições extremas, as
plantas podem
nem sequer produzir, por isso estão sendo estudadas
linhagens
para a seleção de genótipos
resistentes ao calor,
acima de 35°C, e elevados níveis de CO2, tendo em
vista que
essas condições poderão ser realidade
em breve,
com o agravamento do efeito estufa, devido ao excesso de CO2 na
atmosfera”, afirmou.
A pesquisa vem sendo realizada desde 2007 por pesquisadores da Embrapa
Algodão, em parceria com estudantes de mestrado e doutorado
da
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Universidade
Federal da
Paraíba (UFPB) e Universidade Federal de Campina Grande
(UFCG),
vinculados a três projetos de pesquisa e desenvolvimento
ligados
a CAPES e ao CNPq.
Edna Santos – (MTB-CE 01700 JP)
Jornalista – Embrapa Algodão
Contatos: (83) 3182.4361
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