A Embrapa Algodão recebeu nesta quarta-feira, 1º de
junho,
agricultores do projeto Algodão em Consórcios
Agroecológicos para a assinatura dos contratos de compra de
12
miniusinas descaroçadoras de algodão. Com a
aquisição das miniusinas os agricultores
deixarão
de vender o produto em rama, aumentando em até 100% o seu
lucro
com a venda do produto beneficiado, ou seja, a pluma separada do
caroço. “Assim, nós teremos a
descentralização do processo produtivo da pluma
do
algodão. Esse é mais um passo para que possamos
evoluir
para a fiação da fibra, beneficiada pelos
agricultores do
projeto a partir do ano que vem”, avaliou o pesquisador da
Embrapa Algodão e coordenador executivo do projeto,
Fábio
Aquino de Albuquerque.
Coordenado pelo Projeto Dom Helder Câmara, em parceria com a
Embrapa Algodão, o projeto Algodão em
Consórcios
Agroecológicos conta atualmente com 527 famílias
cadastradas em seis territórios da cidadania do
Ministério do Desenvolvimento Agrário: Cariri
Paraibano
(PB), Sertão do Apodi (RN), Sertão do
Pajeú e
Sertão do Araripe (PE), Sertão Central e
Sertão
dos Inhamuns (CE).
Durante a assinatura dos contratos, estiveram presentes os
representantes das cooperativas e associações
envolvidas
no projeto e do Projeto Dom Helder Câmara, os pesquisadores
da
Embrapa Algodão responsáveis pela
coordenação executiva do projeto e o
proprietário
da Metalúrgica Barros, onde as miniusinas serão
confeccionadas.
Algodão
em
Consórcios Agroecológicos
Desde 2008, o projeto vem trabalhando toda a cadeia produtiva do
algodão, ensinando ao agricultor desde o modo correto de
cultivar a terra até a comercialização
da pluma.
Os produtos orgânicos passam pelo processo de
certificação para que possam ser comercializados
no
chamado comércio justo. Assim, o agricultor é
bonificado
com um preço diferenciado, pois negocia diretamente com os
empresários, excluindo a função do
atravessador.
No consórcio, além do algodão, os
agricultores
também plantam outras culturas alimentares que
são usadas
para o consumo familiar ou para vender em feiras orgânicas,
garantindo uma renda extra ao final da colheita e contribuindo para a
segurança alimentar das suas famílias e dos
consumidores
desses produtos.
Miniusinas
itinerantes
Com o objetivo de beneficiar o algodão cultivado por
pequenos
produtores, a Embrapa Algodão, em parceria com a
Metalúrgica Barros, de Campina Grande-PB, desenvolveu uma
espécie de miniusina itinerante, composta por
descaroçador móvel e prensa enfardadeira, que
realizam a
limpeza do algodão em rama, separação
da fibra da
semente e o enfardamento. Os equipamentos podem ser transportados por
veículo utilitário ou trator até as
pequenas
propriedades, o que possibilita ao produtor uma maior
agregação de valor à sua
produção.
“Com isso, o agricultor ganha mais ao vender a fibra
diretamente
à indústria têxtil e ainda fica com o
caroço
para o próximo plantio, enquanto o excedente pode alimentar
os
animais”, explica o chefe de Transferência de
Tecnologia da
Embrapa Algodão, pesquisador Odilon Reny Ribeiro.
“Vale
ressaltar que essa é uma tecnologia social, direcionada
especialmente para associações ou cooperativas,
que
vão dar um novo ânimo à
produção de
pluma em pequenas propriedades”, complementa o pesquisador.
Edna Santos – (MTB-CE 01700 JP)
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