Aproximar os pequenos produtores de algodão
agroecológico
das empresas do mercado justo, promovendo a venda da pluma sem o
intermédio de atravessadores. Esse é o principal
objetivo
do Seminário Interterritorial entre
Organizações
de Bases Familiares com Empresas Ligadas ao Comércio Justo e
Mercado Orgânico do Algodão, que será
promovido de
10 a 13 de maio, no município de Martins, no Rio Grande do
Norte.
Durante o evento estarão presentes os representantes dos
agricultores familiares ligados ao projeto Algodão em
Consórcios Agroecológicos, que conta atualmente
com 527
famílias cadastradas em seis territórios da
cidadania do
Ministério do Desenvolvimento Agrário –
MDA.
São eles: Cariri Paraibano, Sertão do Apodi (RN),
Sertão do Pajeú e Sertão do Araripe
(PE),
Sertão Central e Sertão dos Inhamuns (CE).
Entre as empresas esperadas para o seminário
estão as
francesas Tudo Bom, Veja e Envão e as nacionais YD
Confecções, Malhas Martins e Coletivo Verde.
Segundo o coordenador técnico do projeto Algodão
em
Consórcios Agroecológicos e pesquisador da
Embrapa
Algodão, Fábio Aquino de Albuquerque, a meta
é
comercializar toda a produção que ainda
está no
campo durante o evento. “Nós ainda não
temos como
precisar a quantia a ser colhida, mas a estimativa de
produção é de 40 toneladas de
algodão”, adianta.
A programação do seminário
contará
com apresentação do projeto Algodão em
Consórcios Agroecológicos, oferta das
organizações representantes dos agricultores,
apresentação dos compradores e
caracterização da demanda, visita de campo a um
consórcio agroecológico a uma
associação de
agricultores, rodada de negócios e discussão
sobre as
condições de compra.
Algodão
em
Consórcios Agroecológicos
Coordenado pelo Projeto Dom Helder Câmara em parceria com a
Embrapa Algodão, desde 2008, o projeto Algodão em
Consórcios Agroecológicos trabalha toda a cadeia
produtiva do algodão, ensinando ao agricultor desde o modo
correto de cultivar a terra até a
comercialização
da pluma. Os produtos orgânicos passam pelo processo de
certificação para que possam ser comercializados
no
chamado comércio justo. Assim, o agricultor é
bonificado
com um preço diferenciado, pois negocia diretamente com os
empresários, excluindo a função do
atravessador.
No consórcio, além do algodão, os
agricultores
também plantam outras culturas alimentares que
são usadas
para o consumo familiar ou para vender em feiras orgânicas,
garantindo uma renda extra ao final da colheita e contribuindo para a
segurança alimentar das suas famílias e dos
consumidores
desses produtos.
Edna Santos – (MTB-CE 01700 JP)
Contatos: (83) 3182.4312
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