A Embrapa Algodão promoveu nesta sexta-feira,
18, no município de Arara, agreste paraibano, o primeiro Dia
de
Campo do ano de 2011. O objetivo do evento foi discutir a
verticalização da produção
através
do beneficiamento do algodão orgânico na
mini-usina
itinerante de 20 serras com agricultores, técnicos de
extensão rural, pesquisadores e parceiros. As atividades do
Dia
de Campo foram realizadas pela Embrapa Algodão em
parceria com a ONG paraibana Arribaçã, Sindicato
dos
Trabalhadores Rurais e Prefeitura Municipal de Arara.
A Embrapa e a ONG Arribaçã atuam em conjunto
promovendo
uma série de atividades voltadas para o desenvolvimento da
cultura do algodão orgânico em vários
municípios do agreste do Estado. O desafio enfrentado pelos
produtores é encontrar formas de beneficiamento da fibra e
com
isso a agregar valor ao produto final. Durante o evento,
técnicos da Embrapa Algodão e da
Arribaçã
debateram com os agricultores, como ajustar os meios e as
estratégias de produção e
processamento para
melhorar a rentabilidade do algodão produzido, focado na
preservação do meio ambiente , saúde e
verticalização para atender o mercado de
preço
justo.
Dentro da programação do Dia de Campo, foi
apresentado o projeto Cultivo Orgânico do Algodoeiro
Herbáceo, além de discussões sobre
mini-usina, beneficiamento,
enfardamento, rastreabilidade e armazenamento e
comercialização do algodão.
As ações do primeiro Dia de Campo de 2011
realizado pela
Embrapa Algodão, aconteceram no Ginásio de
Esportes de Arara.
Mini-usina
itinerante
A cultura do algodão é uma das principais
alternativas
para geração de renda na agricultura familiar,
principalmente, no semiárido nordestino. No entanto, o
produto
vem sendo vendido em rama ou caroço, deixando os pequenos
agricultores com lucro bem inferior em relação a
quem
comercializa o produto já beneficiado, ou seja, o
caroço
separado da pluma.
Com o objetivo de beneficiar o algodão cultivado por
pequenos
produtores, a Embrapa Algodão desenvolveu uma
espécie de
mini-usina itinerante, composta por descaroçador
móvel e
prensa enfardadeira. Os equipamentos podem ser transportados por
veículo utilitário ou trator até as
pequenas
propriedades, o que possibilita ao produtor uma maior
agregação de valor à sua
produção.
O descaroçador com prensa enfardadeira conta com
vários
dispositivos que realizam a limpeza do algodão em rama,
separação da fibra da semente e o enfardamento.
“Com isso, o agricultor ganha mais ao vender a fibra
diretamente
à indústria têxtil e ainda fica com o
caroço
para o próximo plantio, enquanto o excedente pode alimentar
os
animais”, explica o pesquisador Odilon Reny Ribeiro.
Edna Santos – (MTB-CE 01700 JP)
Colaboração: Silas Batista
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