A
situação da maioria dos solos do Estado da
Paraíba
foi classificada pelo Ministério do Meio Ambiente quanto aos
riscos de desertificação, como grave (14,76%) ou
muito
grave (57,06%). Para fazer frente a essa realidade, a Embrapa
Algodão, em parceria com o Ministério da
Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa), promove de 14 a 16 deste
mês, o curso “Uso, manejo e
conservação do
solo e da água, com ênfase no controle da
desertificação no semiárido
brasileiro”, nos
municípios de Campina Grande e Lagoa Seca (PB).
O objetivo é capacitar profissionais de
Assistência
Técnica e na Extensão Rural para atuar na
difusão
de tecnologias e de sistemas produtivos sustentáveis
voltados
para a recuperação de áreas degradadas
e sua
reincorporação ao processo produtivo, reduzindo
os
impactos ambientais. Inicialmente, serão capacitados cerca
de 40
técnicos que atuarão como multiplicadores das
práticas de conservação do solo junto
aos
agricultores do Estado.
“Tendo em vista a gravidade das
condições dos solos
da Paraíba, a nossa ideia é levar as
ações
práticas do curso a todas as regiões do
Estado”,
afirma o pesquisador Odilon Reny Ribeiro, chefe de
Comunicação e Negócios da Embrapa
Algodão e
um dos coordenadores do curso. “Além do curso,
nós
vamos capacitar um total de 120 produtores da região e
elaborar
um Manual de Técnico de boas práticas de manejo e
conservação de solo e água”,
completa.
As aulas teóricas acontecerão no
auditório
principal da Embrapa Algodão, onde serão
abordados
assuntos como o Plano de ação nacional de
controle da
desertificação e diagnóstico
socioeconômico
e ambiental dos núcleos de
desertificação;
Importância do uso de práticas conservacionistas
de solo e
de água para o desenvolvimento sustentável na
agropecuária; Composição origem e
formação do solo; Causas do desgaste e
empobrecimento do
solo; Erosão; Conservação e
melhoramento do solo e
práticas de controle erosão (nivelamento, plantio
em
nível, faixas de retenção,
terraceamento) e
Controle de voçorocas.
As aulas de campo serão ministradas no município
de Lagoa
Seca, no campo experimental da Emepa-PB onde será
diagnosticado
o perfil do solo; a relação solo-paisagem;
além do
planejamento do uso e a instalação de
práticas
conservacionistas com culturas anuais e perenes.
O curso é uma promoção da
Superintendência Federal de Agricultura/PB e Secretaria de
Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento
(Mapa) e da Embrapa Algodão, com o apoio do Instituto
Interamericano de Cooperação para a Agricultura
(IICA), Instituto Nacional do Semiárido
(INSA) e
Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural da
Paraíba (Emater/PB).
Solos da
Paraíba
A atividade agropecuária concentra-se basicamente na Zona
Semiárida do Estado da Paraíba, onde
estão 80% do
rebanhos de suínos, ovinos, caprinos e asininos; 67% do
rebanho
bovino; 78% da produção de leite; 90% do
algodão;
80% do feijão; e 75% da produção de
sisal. Nessas
áreas, tem-se verificado um processo acelerado de
degradação, principalmente, nas
microrregiões do
Curimataú Ocidental, Cariri Oriental e Cariri Ocidental,
Seridó e Sertão. Na região do Brejo
Paraibano, a
expansão do cultivo da cana-de-açúcar
e da
pecuária extensiva tem acelerado o processo erosivo,
aumentando
a evaporação, provocando
alterações
climáticas conhecidas como
“agrestização” do Brejo e
assoreamento das
várzeas. Nas Mesoregiões do Agreste da Borborema
e do
Sertão, verifica-se um processo de erosão dos
solos
utilizados na agricultura irrigada.
Serviço:
Curso sobre “Uso, manejo e
conservação do
solo e da água, com ênfase no controle da
desertificação no semiárido
brasileiro”
Período: 14 a 16 de dezembro
Local: Auditório principal da Embrapa
Algodão/Campina
Grande (14/dez) e Campo Experimental da Emepa-PB/Lagoa Seca (15 e
16/dez)
Horário: 8 horas
Edna Santos – (MTB-CE, 01700 JP)
Contatos: (83) 3182.4312 - sac@cnpa.embrapa.br
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