Pesquisadores da Embrapa Algodão apresentam essa semana, durante o I Congresso Paraibano de Agroecologia, na cidade de Lagoa Seca (PB), resultados preliminares de algumas pesquisas que estão sendo conduzidas na unidade da empresa em Campina Grande. Uma delas demonstra resultados positivos com o uso de subprodutos do sisal no controle de lagartas do curuquerê do algodoeiro.

O inseticida à base de extrato de sisal (Agave sisalana) está sendo desenvolvido e testado pelo pesquisador Carlos Alberto Domingues da Silva, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Algodão. Segundo o pesquisador, folhas de algodão tratadas com extrato bruto de sisal ocasionaram mortalidades superiores a 60% em lagartas de primeiro estágio do curuquerê do algodoeiro.

Noutra frente, os pesquisadores Melchior Batista e Fábio Aquino ministraram o minicurso “Consórcios agroecológicos: eficiência energética e ganhos ambientais e econômicos”, onde explicam como a Embrapa está ajudando os agricultores familiares a aumentar renda em pequenas propriedades consorciando diversas culturas, inclusive alimentares, utilizando o modelo agroecológico.

Waltemilton Cartaxo, supervisor da área de Transferência e Comunicação da estatal do Ministério da Agricultora, Pecuária e Abastecimento na Paraíba, diz que o evento é importante no contexto agropecuário da Região. “A agroecologia tem tudo para crescer no Nordeste e se depender da Embrapa esse modelo deverá ser adotado por uma parcela significativa dos nossos colaboradores que confiam nas tecnologias que apresentamos a eles”, comenta.

No primeiro dia do evento, o pesquisador e chefe geral da Embrapa Algodão, Napoleão Beltrão, uma palestra enfocando o contexto atual da pesquisa agroecológica desenvolvida pela estatal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na Paraíba. Ele lembrou que a agroecologia pode oferecer alternativas à insustentabilidade da agricultura convencional.