Técnicos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da
Agropecuária e da Pesca da Paraíba (Sedap),
Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural da
Paraíba (Emater), Cooperativa Agrícola Mista de
Patos
(Campal) e Associação dos Produtores de
Algodão da
Paraíba (APAPB) reuniram-se na última
quinta-feira (16)
com representantes da Embrapa Algodão, com o objetivo de
avaliar
um programa de promoção da
revitalização da
cotonicultura no Estado. Na ocasião, atendendo a uma
solicitação da Sedap, a Embrapa apresentou o
esboço preliminar projeto “Algodão
Fibra Forte da
Paraíba”, que prevê entre outras
ações, a capacitação de
técnicos e
agricultores pelos profissionais da Embrapa;
introdução
da colheita mecanizada com investimentos do Governo do Estado,
através da Sedap; e assistência técnica
aos
produtores, por meio da Emater.
“A Paraíba já foi destaque no
cenário
nacional do algodão e hoje não produz
praticamente nada
além do algodão colorido, por isso essa
reunião
é de extrema importância para reverter essa
situação”, analisou o chefe de
Comunicação e Negócios da Embrapa
Algodão,
Odilon Reny Ribeiro. “Um dos gargalos para essa retomada
é
o alto custo da colheita manual, que representada em torno de 50% do
custo do produto, daí a necessidade de se estudar e
introduzir a
colheita mecanizada”, defende.
O chefe de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação,
Carlos
Alberto Domingues, observou que atualmente a agricultura corresponde a
cerca de 10% da receita do Estado e que nenhuma cultura foi capaz de
substituir com sucesso a cotonicultura. “Nós
podemos
melhorar esse quadro e o algodão é uma boa
alternativa,
mas para isso, precisamos produzir em grande escala, envolver as
comunidades, a fim de que o projeto tenha sustentabilidade”,
ponderou.
O programa será baseado na formação de
cinco
pólos de produção, visando o plantio
incentivado
de 10 mil hectares de algodão branco, cultivar BRS 8H, cujas
sementes já estão disponíveis na
Sedap. No
primeiro ano, a meta é suprir pelo menos 10% da demanda de
fibra
branca do mercado da indústria têxtil da
Paraíba. “Hoje as empresas locais
importam
algodão de outros estados porque a Paraíba
não
produz algodão em grande escala”, afirmou Carlos
Alberto.
O representante da Campal e presidente da APAPB, Sandoval Farias,
apresentou o cenário atual do algodão no Estado,
dizendo-se esperançoso de que esta parceria possa ser
efetivada
no estado, contribuindo assim, para a volta do “ouro
branco” aos campos da Paraíba.
O diretor técnico da Emater PB, Afonso Cartaxo, avalia que a
proposta é interessante e comprometeu-se, em nome da
diretoria
da Empresa, a somar esforços para que a Emater possa cumprir
o
seu papel junto aos agricultores beneficiários do programa.
O secretário executivo da Agricultura da Paraíba,
José Alves, afirmou que a Sedap está muito
interessada em
promover o desenvolvimento do algodão no Estado e por isso
vai
envidar esforços no sentido de viabilizar o soerguimento da
cultura do algodão na Paraíba.
A próxima reunião do grupo será no dia
7 de
outubro, quando serão definidas as estratégias e
finalizada a proposta de execução do programa.
Nos dias 4, 5 e 6 de outubro a Embrapa Algodão
também
receberá uma equipe de técnicos do Banco do
Nordeste, com
o objetivo de traçar um diagnóstico da cadeia
produtiva
do algodão no semiárido do Nordeste brasileiro e
apresentar alternativas para incentivar a
recuperação da
cotonicultura na região, em bases sustentáveis.
Edna Santos - (MTB-CE 01700 JP)
Colaboração: Mayara Dantas
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