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Pesquisadores da Embrapa avaliam impacto do beneficiamento na quantidade de impurezas da fibra do algodão

Desde o campo até a sua chegada à indústria têxtil, o algodão passa por uma série de processos de beneficiamento visando à separação da fibra das sementes e à retirada de impurezas como restos da planta, terra e poeira, que se juntam à fibra durante a colheita mecanizada. A forma como esse beneficiamento é realizado vai determinar a qualidade final da fibra e poderá afetar a confecção do fio e a fabricação do tecido.

O pesquisador e chefe de Comunicação e Negócios da Embrapa Algodão, Odilon Reny Ribeiro, explica que vários fatores podem prejudicar a fibra do algodão, entre eles estão: as características da cultivar utilizada, o efeito das condições climáticas durante o ciclo da cultura, a condução da lavoura, o controle das plantas daninhas, das pragas e doenças e o processo de colheita. “A colheita mecanizada do algodão é uma operação que pode afetar seriamente a qualidade da fibra, por isso a lavoura deve estar adequadamente conduzida para esta prática, mediante a aplicação de maturadores e desfolhantes que reduzem a contaminação da fibra com impurezas”, afirma.

Para verificar o “Impacto do beneficiamento sobre o número de neps (pequenos nós) e quantidade de impurezas da fibra do algodão”, os pesquisadores da Embrapa Algodão realizaram experimentos em 12 algodoeiras do Estado do Mato Grosso. Eles colheram amostras de algodão em diversas etapas como: desmanche do fardo, antes do descaroçamento, logo após o descaroçamento e após passar por equipamentos de limpeza da fibra.

Ao final do estudo, os pesquisadores concluíram que os processos de pré-limpeza do algodão em caroço, descaroçamento e limpeza da pluma reduzem o número de impurezas, mas aumentam o número de neps, ou seja, provocam minúsculos emaranhados (nós) que se formam quando ocorre a ruptura do algodão, provocada quando a fibra é submetida aos esforços mecânicos do processo de beneficiamento. “Esses neps, quando em excesso, podem provocar defeitos no tecido, sobretudo no processo de tingimento”, esclarece Odilon.

A Uster, empresa que fabrica equipamentos para avaliar a fibra do algodão, estabelece que a fibra pode ter no máximo até 250 neps por grama. “A partir de 300 neps por grama ocorrem problemas em todos os processos têxteis, especialmente, nas malharias”, observa o pesquisador.

O estudo contou com apoio financeiro do Fundo de Apoio à Cultural do Algodão do Mato Grosso (Facual) e foi tema de artigo publicado neste ano na Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental e pode ser acessado na íntegra no site da publicação (www.agriambi.com.br).

Edna Santos - (MTB-CE 01700 JP)
Embrapa Algodão (Campina Grande/PB)
Contato: (83) 3182.4312
edna.santos@cnpa.embrapa.br
www.cnpa.embrapa.br
http://twitter.com/embrapa_algodao