É possível desenvolver a cultura do
algodão com
base na agricultura familiar, para produzir, processar e comercializar
uma diversidade de derivados, favorecer a
produção de
alimentos e beneficiar o meio ambiente. Como? Por meio da
produção em consórcios
agroecológicos. Foi
com o objetivo de repassar esse conhecimento, que o Núcleo
Temático em Agricultura Familiar da Embrapa
Algodão
promoveu o Intercâmbio de Experiências
Intercomunitárias sobre Cultivo do Algodão em
Consórcios Agroecológicos, na última
quinta-feira
(26), na comunidade Poço do Gado, município de
Arara-PB.
A atividade mobilizou os pesquisadores da Embrapa Algodão,
Nair
Helena Castro Arriel e Fábio Aquino de Albuquerque,
assessores
técnicos e agentes multiplicadores que atuam nos
territórios do Cariri-PB, Apodi-RN e Pajeú-PE
envolvidos
com o projeto “Algodão em Consórcios
Agroecológicos” – um convênio
entre a Embrapa
Algodão e o Projeto Dom Helder Câmara
(PDHC)
–, e os analistas da Embrapa Algodão Joffre Kouri
e
Isaías Alves e agricultores da comunidade visitada,
envolvidos
com o projeto “Cultivo Orgânico do Algodoeiro
Herbáceo: suplantando limitações e
aprimorando
potencialidades”.
Executado pela Embrapa Algodão, o projeto “Cultivo
Orgânico do Algodoeiro Herbáceo”
é
desenvolvido em parceria com dez famílias de agricultores
das
comunidades Poço do Gado e Jabuticaba, tendo como unidade de
referência a propriedade do agricultor Pedro Elias dos
Santos. O
projeto é financiado pela FINEP (Financiadora de Estudos e
Projetos) e conta com apoio da ONG Arribaçã, da
Secretaria de Agricultura de Arara e da
associação local.
A visita de intercâmbio foi um marco do trabalho de
validação e transferência de resultados
do projeto,
adotando o enfoque sistêmico e a metodologia de pesquisa
participativa. “Durante a visita de intercâmbio de
experiências, os participantes tiveram a oportunidade de
trocar
conhecimentos técnico e tácito sobre o cultivo do
algodão em consórcios agroecológicos
com gergelim,
amendoim, cebolinha de cabeça, coentro e feijão
mulatinho”, disse Joffre Kouri, responsável pela
ação de transferência de resultados do
projeto.
Para o agricultor José Fernandes de Medeiros “a
unidade de
validação é um livro aberto onde eles
e os
técnicos da Embrapa testam novos consórcios para
o
algodão agroecológico”.
“Achei muito
importante o trabalho de curva de nível dos
roçados e os
consórcios com cebolinha e coentro”, afirmou o
agricultor
José Valdemir, multiplicador do projeto Embrapa/PDHC que
atua na
região do Cariri.
Algodão em Consórcio Agroecológico
– O
projeto trabalha toda a cadeia do algodão, desde como
preparar a
terra, com equipamentos adequados, até a
comercialização. Os produtos passam pelo processo
de
certificação para que possam ser comercializados
no
chamado “fair trade”, ou comércio justo,
assim,
além de manter a sua segurança alimentar, o
agricultor
melhora a terra em que trabalha e é bonificado com um
preço diferenciado, pois o agricultor negocia diretamente
com os
empresários, excluindo a função do
atravessador.
Edna Santos - (Jornalista – Embrapa Algodão/
MTB-CE 01700 JP)
Colaboração: Mayara Dantas (Estagiária)
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