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Extrato concentrado em pó é um dos primeiros resultados do estudo da viabilidade econômica do suco do sisal

A Embrapa Algodão, em parceria com o Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais do Estado da Bahia (Sindifibras) e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (SECTI), vem conseguindo avanços importantes no estudo da viabilidade econômica do uso do suco do sisal para a produção de inseticidas. Um dos primeiros resultados obtidos foi a estabilização do suco, evitando que ele entre em processo de fermentação. “Sem nenhum tratamento, o suco começa a fermentar cerca de cinco horas após a extração e nós conseguimos mantê-lo estável por até 30 dias”, explica Everaldo Medeiros, um dos pesquisadores da Embrapa Algodão envolvidos no projeto.

O pesquisador observa que atualmente já existem alguns estudos que abordam o poder inseticida do suco do sisal, mas o produto precisa ser aplicado imediatamente após a coleta a fim de evitar a fermentação. “Outra forma usada para estabilizar o suco é o processo de cozimento, mas envolve altos custos com energia e pessoal, além da possível perda de algumas propriedades”, diz.

Outro resultado promissor foi a obtenção de um extrato concentrado em pó do suco do sisal, que tem demonstrado propriedades inseticidas em testes preliminares realizados em laboratório. Conforme Everaldo, o extrato é obtido após a retirada de toda a água do suco através do processo de concentração. “O extrato pode ser reconstituído por diluição em água, o que facilita a aplicação, e ainda conserva as propriedades do material”, afirma.
“O primeiro ensaio verificou que o produto exerce uma forte repelência sobre a lagarta conhecida como curuquerê (praga do algodoeiro)”, relata o pesquisador Fábio Aquino, que também integra a equipe do projeto. “Nas próximas semanas vamos repetir o ensaio para confirmar os testes de eficácia e aplicaremos também o produto na lagarta da soja e em carrapatos bovinos”, adianta.

“O próximo passo da pesquisa é analisar a composição do extrato para definir quais são os principais componentes do pó e a concentração dos componentes ativos”, acrescenta Everaldo.

Sisal

Utilizado na confecção de fios, cordas, tapetes, sacos, vassouras, artesanatos, acessórios e como componente automobilístico, o sisal tem grande importância social na Bahia, na Paraíba, e no Rio Grande do Norte, mas grande parte da planta ainda é desperdiçada. O que se aproveita é apenas 5%, que representa a porção da fibra. Em torno de 80% da folha do sisal é composta por líquido e o projeto visa mostrar que parte desse suco é viável economicamente como inseticida e carrapaticida. A partir dos resultados do projeto, o Sindifibras pretende criar uma usina de aproveitamento geral do sisal. O projeto é financiado pelo Common Fund for Commodities – CFC (Fundo Comum de Produtos de Base), organismo internacional estabelecido pela FAO  e, além do Brasil, objetiva beneficiar países como a China, Colômbia, Cuba, El Salvador, Haiti, Kenya, Madagascar, México, Moçambique, África do Sul, Tanzânia e Venezuela.).

Edna Santos - (MTB-CE 01700 JP)
Embrapa Algodão (Campina Grande/PB)
Contato: (83) 3182.4312
edna.santos@cnpa.embrapa.br
www.cnpa.embrapa.br
http://twitter.com/embrapa_algodao