Com a demanda criada pelo Programa Nacional de
Produção e
Uso do Biodiesel – PNPB - houve um impulso nas cadeias
produtivas
das oleaginosas energéticas com o aumento da
produção, organização dos
produtores e da
comercialização de óleos vegetais.
Esse foi o enfoque inicial da conferência
“Inserção da agricultura familiar na
produção de oleaginosas para
produção de
biodiesel – caso da mamona” proferida hoje (9),
pelo
Coordenador Geral de Biocombustíveis do
Ministério do
Desenvolvimento Agrário – MDA -, Marco
Antônio
Leite. A conferência faz parte do IV Congresso Brasileiro de
Mamona (IV CBM) e do I Simpósio Internacional de Oleaginosas
Energéticas (I SIOE), que acontece até
quinta-feira (10)
em João Pessoa, na Paraíba. Os eventos
são
realizados pela Embrapa Algodão (Campina grande-PB), Embrapa
Agroenergia (Brasília – DF) e a Secretaria de
Estado do
Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca da
Paraíba.
“A inclusão social é o ponto focal do
PNPB”,
destacou Marco Antonio, Além disso, a
diversificação é um dos grandes
objetivos do
PNPB,. Em todas as condições edafoclimaticas do
País há varias oleaginosas que podem ser usadas
para a
produção de biodiesel, diz. Em 2006, 99% da
produção era proveniente da soja, 0,04% da mamona
e 0,9%
de dendê. Em 2009, os dados comprovaram que embora pequeno,
houve
aumento da diversificação, Atualmente, a soja
corresponde
a 80% da produção de biodiesel, seguido de 15% de
sebo
bovino e o restante de outras oleaginosas, como algodão e
mamona. “Temos a perspectiva, para 2010, de aumentar para 8%
o
percentual dessas alternativas”, enfatizou o coordenador.
Em 2005, quando se iniciou o PNPB, cerca de 16 mil agricultores
familiares participavam do Programa.Para 2010, a perspectiva
é
de 109 mil em todo o País.o principal motivo para esse
grande
incremento, foi a adoção do Selo
Combustível
Social, que incentiva a compra de matéria-prima de
produtores
familiares, ou de suas associações e
cooperativas. .
Atualmente, há 47 usinas produtoras de biodiesel, sendo que
31
têm o Selo Combustível Social.. “Com a
proposta do
Selo Social garantimos o preço e ganhamos com a
inclusão
social dos agricultores familiares. Foram contratados cerca de 1000
profissionais para dar assistência técnica a fim
de
atender o programa de mamona e girassol no Nordeste”,
declarou.
A perspectiva para 2010, é da
liberação de
recursos federais no valor de R$ 50 milhões para empresas
que
participam do Selo Combustível. As
aquisições das
matérias-primas, passaram de R$68 milhões em 2006
para
R$677 milhões em 2009 e em 2010 a previsão
é de
compra de R$ 1,2 bilhão de produtores familiares.
Em relação à mamona, foram , em 2007,
R$3,2
milhões na aquisição por parte das
empresas e R$48
milhões em 2010. Dados da Conab mostram que para a safra
2009-2010 foram plantados 137,9 mil ha, sendo que 46 mil destinados
à produção de biodiesel.. De acordo
com Marco
Antônio, a área com mamona em cada propriedade
rural fica
em torno de 2 a 4 hectares,com produtividade de 600kg por hectare. Essa
produção poderá passar para cerca de
1500,kg por
hectare com o uso de tecnologia.
“O importante para aumentar a inserção
das
oleaginosas energéticas é a
elevação do
nível tecnológico por parte dos agricultores.
Para isso,
é fundamental a parceria do MDA com
instituições
como a Embrapa, Emater e Petrobrás e com as cooperativas de
produtores”. destacou o Coordenador Geral de
Biocombustíveis do MDA.
Outras informações e fotos dos eventos podem ser
acessadas no site www.cbmamona.com.br.