O governador da Paraíba, José Targino Maranhão, presidirá a sessão de abertura do IV Congresso Brasileiro de Mamona (IV CBM) e Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas (I SIOE), na próxima segunda-feira (07) às 20 horas, no Espaço Cultural em João Pessoa (PB). Também está confirmada a presença de Secretários de Estado da Paraíba, Reitores de Universidades, Chefes de Centros de Pesquisa da Embrapa, dirigentes empresas estatais e de associações empresariais e de classe, entre outras autoridades.
 
O Governador José Maranhão, que é Presidente de Honra dos eventos, tem interesse especial nos assuntos relacionados à agroenergia, pois, devido à localização e condições de solo e clima, a Paraíba poderá tornar-se um grande estado produtor de biodiesel para mistura ao óleo diesel a ser distribuído em toda a região Nordeste do Brasil.

Os eventos, realizados pela Embrapa Algodão (Campina Grande, PB), juntamente com a Embrapa Agroenergia (Brasília, DF) e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca da Paraíba, têm como principal objetivo incentivar o desenvolvimento do agronegócio da mamona e de outras oleaginosas energéticas, com potencial para consolidar a produção de óleo na região Nordeste e em todo o Brasil. Visa também a troca de experiências com outros países em que as oleaginosas energéticas já estão sendo utilizadas em programas de produção de biodiesel.

No IV CBM e I SIOE, que se estendem de 7 a 10 de junho, espera-se contar com cerca de 1000 participantes de todos os Estados brasileiros e de diversos países, como Estados Unidos, México, Colômbia, Argentina, Paraguai, Peru, Equador, entre outros. 

Os eventos terão Intensa programação, com 6 mini-cursos, 3 conferências, 4 palestras e 10   painéis de discussão, envolvendo mais de 50 participantes, entre secretários de estado, dirigentes de cooperativas agrícolas e de associações de pequenos produtores, pesquisadores, professores, estudantes de graduação e pós-graduação, gestores públicos e especialistas setoriais

Os participantes irão apresentar os resultados de seus trabalhos e debater opiniões, tendências, perspectivas e propor alternativas e soluções para as cadeias produtivas das principais oleaginosas energéticas, como a mamona, o amendoim, o gergelim, o dendê, o pinhão manso, a canola, a macaúba e o girassol, em uma perspectiva de produção de biodiesel integrada à de alimentos para consumo humano e animal, Além disso, serão debatidos outros usos para os óleos, como a indústria química, a de cosméticos, a de tintas e vernizes, a farmacêutica e a de lubrificantes.

Os eventos tem forte participação da comunidade científica brasileira e latino-americana,que encaminhou 398 artigos científicos a ser apresentados em sessões temáticas nos dias 8 a 10 de junho, sendo que 198 serão apresentados na forma oral e 200 em painel. A linha temática Fertilidade, com 77 trabalhos foi a que teve  a maior quantidade de artigos aceitos. Em seguida, vem o manejo cultural, com 65 trabalhos. Na ordem de resumos aceitos, seguem as linhas temáticas Melhoramento Genético (51), Sementes (50), Biodiesel (35), Óleo e Co-produtos (30), Fisiologia (21), Irrigação (20), Biotecnologia (18), Economia e Cadeias Produtivas (16), Fitossanidade (13) e Mecanização Agrícola (02). Em cada uma dessas linhas temáticas, será escolhido o melhor trabalho, que será conhecido na sessão de encerramento, no dia 10 às 17h30min.

Destaque especial dos eventos será dado à questão da Inclusão social e Energia. A questão de promoção da inclusão social por meio de culturas de interesse energético será tema de várias palestras e de, pelo menos, três painéis de discussão. Para a região Nordeste, principalmente essa questão é de extrema importância e merece atenção especial, com a possibilidade de adoção de programas regionais específicos. Um dos painéis de discussão, na quinta-feira (10) contará com diversos Secretários de Agricultura de estados em que as oleaginosas energéticas têm destaque e que exporão os mecanismos utilizados para apoiar os pequenos e médios agricultores que cultivam lavouras de interesse energético. Em outro painel, no dia 10 à tarde, dirigentes de cooperativas agrícolas explicarão como os pequenos e médios produtores estão se organizando e apresentarão sugestões e propostas para tornar mais eficientes as cadeias produtivas e melhorar o relacionamento com os agentes governamentais e com os produtores de biodiesel.

A abordagem de temas atuais, considerados essenciais à expansão equilibrada e sustentável, das cadeias produtivas das oleaginosas, inclui o aperfeiçoamento dos sistemas de produção, variedades com maior produtividade e resistência a fatores bióticos e abióticos, características específicas dos seus respectivos óleos e alternativas de aproveitamento de co-produtos. Inclui, também, os diversos aspectos de planejamento e gestão da produção, transformação e comercialização,, considerando-se os diversos tipos e portes de produtores rurais. 

Contato: Odilon Reny
Chefe de Comunicação e Negócios da Embrapa Algodão
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