A produção de
biodiesel nos
Estados Unidos será
contextualizada
pelo pesquisador, César
Miranda, em palestra
no dia 09 deste mês, durante
o IV
Congresso Brasileiro de Mamona (IV CBM)
e
I Simpósio Internacional
de
Oleaginosas Energéticas (I
SIOE).
Os eventos que acontecem em
João
Pessoa/PB, de 7 a 10
de
junho, são realizados
pela Embrapa
Algodão, Embrapa Agroenergia e a Secretaria de Estado do
Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca da
Paraíba.
Os EUA esperam que a indústria de biodiesel
esteja
completamente estabelecida somente em 2015. No momento, a
situação ainda é instável,
especialmente
pelo decréscimo da demanda nos últimos dois anos,
associada à recessão econômica e pelo
fim do
subsídio de US $ 1 por galão de mistura, em 31 de
dezembro de 2009.
O subsídio foi
restabelecido pela
Câmara de Deputados e
pelo
Senado, sendo, inclusive,retroativo.
Porém, de acordo com
Miranda,
ainda não foi
completamente
regulamentado e promulgado, o que dificulta o desenvolvimento
industrial.
“De 193 refinarias de
biodiesel
registradas em todo o
País,
atualmente apenas 129 estão
produzindo
e 48 estão paradas.
Algumas
com redução de
produção e de
empregados”,
fala César Miranda, que desenvolve suas atividades no
Laboratório Virtual da Embrapa (LABEX), nos Estados Unidos.
“Estima-se que entre 23 mil e 40 mil empregos sejam
relacionados
à produção de biodiesel e isto tem
pesado na
batalha pela prorrogação dos
subsídios”,
completa.
Nos Estados Unidos, a soja ainda responde por cerca de 70% da
matéria-prima para biodiesel, seguido
pela canola.
Outras matérias-primas como o
amendoim,
o crambe e a camelina
são
oportunidades para
exploração,
embora limitadas a alguns
locais.
Fontes crescentes são as
gorduras
animais e óleo de
fritura,
com várias redes de
restaurantes
e fast-food aderindo ao processo.
Em termos de pesquisa, aponta Miranda, a grande expectativa
é
para o aproveitamento de algas, especialmente para
usar o gás
carbônico gerado
na produção de
eletricidade
pela queima de carvão mineral.
“No momento, tem sido
noticiada
oportunidade de
produção direta
de biodiesel a partir de
açúcares
básicos, com empresas montando estruturas para
produção do biocombustível a partir de
caldo de
cana-de-açúcar, inclusive com parcerias no
Brasil”,
finaliza.
Mais informações
sobre o IV
CBM e o I SIOE,
podem ser
obtidas pelo site
www.cbmamona.com.br
ou pelo telefone (83) 3182-4380
Colaboração:
Daniela Garcia Collares (MTb/114/01 RR)- Embrapa Agroenergia
e Waltemilton Cartaxo – Embrapa Algodão