A comunidade científica brasileira, comprometida com o
avanço tecnológico das culturas oleaginosas,
gerou 398
artigos científicos que serão apresentados no IV
Congresso Brasileiro de Mamona (IV CBM) e Simpósio
Internacional
de Oleaginosas Energéticas (I SIOE), que
acontecerá de 7
a 10 de junho, em João Pessoa (PB).
Com 77 trabalhos, a linha temática Fertilidade apresentou a
maior quantidade de artigos aceitos. Em seguida, surge o
manejo
cultural, com 65 trabalhos. Na ordem de resumos aceitos, seguem as
linhas temáticas referentes a Melhoramento
Genético (51),
Sementes (50), Biodiesel (35), Óleo e Co-produtos (30),
Fisiologia (21), Irrigação (20), Biotecnologia
(18),
Economia e Cadeias Produtivas (16), Fitossanidade (13) e
Mecanização Agrícola (02).
De acordo com o coordenador da comissão
científica e
pesquisador da Embrapa Algodão, Odilon Silva, desses
artigos,
198 serão apresentados na forma oral e 200 em painel.
Será premiado um trabalho em cada área
considerando a sua
relevância para o agronegócio das oleaginosas
energéticas no País.
Os eventos, realizados pela Embrapa Algodão, juntamente com
a
Embrapa Agroenergia e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento da
Agropecuária e da Pesca da Paraíba, têm
como
principal objetivo incentivar o desenvolvimento do
agronegócio
da mamona e de outras oleaginosas energéticas, com potencial
para consolidar produção de óleo na
região
Nordeste e no Brasil.
Além de divulgar as últimas pesquisas e
tecnologias
desenvolvidas, por meio dos trabalhos aceitos, no IV CBM e no I SIOE
serão apresentadas três conferências e
41 palestras
e ministrados seis minicursos. Odilon adianta que as palestras
serão disponibilizadas no site da Embrapa e todos os artigos
científicos em CD. “Esperamos que estes eventos
sejam
eficazes e atendam às expectativas de todos os
congressistas”, ressalta Odilon.
O Brasil vislumbra perspectivas para o desenvolvimento
técnico-científico do agronegócio da
mamona e de
outras oleaginosas energéticas, incluindo o amendoim, o
gergelim, o dendê, o pinhão manso, a
macaúba e o
girassol, que contribuem para a geração de
trabalho no
campo e melhoria de renda. Com potencial para substituir os
combustíveis derivados do petróleo de forma
sustentável, cada vez é mais intensa a
utilização destas oleaginosas na
indústria
química para a geração de novos
produtos, que
demandam por informações diversas sobre aspectos
de
cultivo e características químicas
desejáveis.
A abordagem de temas atuais, considerados essenciais à
expansão equilibrada e sustentável, das cadeias
produtivas das oleaginosas, inclui o aperfeiçoamento dos
sistemas de produção, variedades com maior
produtividade
e resistência a fatores bióticos e
abióticos,
características específicas dos seus respectivos
óleos e alternativas de aproveitamento de
co-produtos.