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Embrapa participa da festa do algodão agroecológico

A Embrapa Algodão promove, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Sebrae-PB e a ONG Arribaçã, a II Festa do Algodão Agroecológico, que ocorre entre os dias 11 e 13 no município de Remígio (PB). Na sexta-feira, 11, a partir das 8 horas, os técnicos Waltemilton Cartaxo e Dalfran Gonçalves, colaboram no dia-de-campo sobre sistema de produção agroecológica, que vai ocorrer, na Comunidade Gabinete, no assentamento Queimadas, zona rural do município. Um estande promocional da estatal também estará à disposição do público visitante durante todo o evento na Lagoa Parque, no centro da cidade.

“A proposta do dia-de-campo é proporcionar visita às áreas de produção de algodão agroecológico, no sentido de que se perceba a diversidade de produtos da  agricultura familiar. Também será uma  oportunidade de conhecer e trocar  experiências  com os agricultores e agricultoras de todo o estado da Paraíba”, comenta Gonçalves, que atua na Área de Comunicação Empresarial e Negócios Tecnológicos da Embrapa Algodão, em Campina Grande (PB).

“É um momento de comemoração e confraternização, onde se comemora a colheita do algodão agroecológico e se confraternizam agricultores, agricultoras e técnicos, compartilhando suas experiências  e  o  uso  das  boas  práticas  agroecológicas”, diz o pesquisador Melchior Batista, também da Embrapa Algodão e um dos idealizadores do evento.

Ele diz que durante a festa acontecerá diversos eventos, evidenciando a expressão da  diversidade  da  agricultura  familiar  no  estado  da  Paraíba.  É  neste  momento que  se  busca  divulgar  novas  experiências  com  o  cultivo  do  algodão agroecológico  e  ao  mesmo  tempo  fazer  intercâmbios  com  outras  práticas sustentáveis  da  agroecologia.

“A construção desse trabalho se faz presente em um espaço de articulação, a Rede Paraíba de Algodão Agroecológico, que se  constitui  num  espaço  privilegiado  na  construção  de políticas  para  o  fortalecimento  da  agricultura  familiar  camponesa  e agroecológica”, acrescenta Batista.

Na Borborema, o tema do algodão agroecológico começou pela Escola Participativa do Algodão, espaço informal onde agricultores, técnicos e pesquisadores  iniciaram  uma  discussão  para  reintegração  do  algodão  aos sistemas familiares locais. O ponto de partida foi na comunidade Gabinete, Assentamento  Queimadas,  no  município  de  Remígio,  que  tinha  a  experiência  da produção de algodão sem veneno. “A partir da valorização dessa experiência acumulada  pelos  agricultores,  somaram-se  as  visitas  de  intercâmbio, estágios  de  vivência,  oficinas  temáticas,  seminários,  dias  de  campo participativos,  avaliações  participativas,  a  pesquisa  clássica  e  a valorização  dos  agricultores  experimentadores”, diz o pesquisador da Embrapa.

Segundo ele, essa  diversidade  de  abordagens  metodológicas  possibilitou  o empoderamento  de  agricultores,  pesquisadores  e  técnicos  em  práticas agrícolas  como:  rotação  de  culturas;  espaçamentos,  época  de  plantio; práticas de convivência com o bicudo; consórcio com culturas alimentares e forrageiras,  manejo  agroecológico  de  formigas;  fertilização  do  solo  e práticas  de  conservação  do  solo.  Além  disso,  emergiram  nas  discussões, questões  como  comercialização,  algodão  transgênico,  certificação,  crédito, assistência  técnica,  mercado  e  formação  de  capital  institucional  dentro  das comunidades  e  no  cotidiano  das  organizações  de  apoio.

Uma das atividades paralelas da festa será o Encontro da Rede Paraíba de Algodão Agroecológico, onde se fará o balanço do algodão agroecológico no estado, seus desafios e perspectivas. No dia 12 ocorre o Seminário Estadual de Algodão Agroecológico, para discutir a sustentabilidade da cadeia do algodão agroecológico na
agricultura familiar da Paraíba. E durante os três dias do evento estará acontecendo o “Salão Territorial”, com exposição de produtos artesanais, apresentação de posteres  sobre o território, experiências e produtos da agricultura regional.

“A reintrodução do algodão agroecológico nos roçados da região do Pólo da Borborema tem sido uma das formas de fortalecer a diversificação nos sistemas de produção familiar, possibilitando o aumento na renda e a garantia de colheita no período seco. A época do plantio é determinante para que a cultura do algodão se estabeleça”, comenta Paulo Petersen, da ONG AS-PTA, uma das entidades parceiras na realização do evento.

A II Festa do Algodão Agroecológico tem o apoio da Finep, Petrobras, UFPB, Banco do Brasil, Banco de Nordeste, CoopNatural, Patac, CAASP, Pólo Sindical e das Organizações da Agricultura Familiar da Borborema, Associação de Difusão Comunitária de Remígio, Coletivo Cariri-Curimataú-Seridó, Movimento Agroecológico (MAE), Território da Borborema, Prefeitura Municipal de Remígio e Projeto Dom Helder.



REDAÇÃO: DALMO OLIVEIRA - Registro profissional. MTb/PB N.º 0598
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