Com apoio da Embrapa Algodão, acontece entre os dias 19 a 21, em Campina Grande (PB), o Seminário de Construção do Conhecimento Agroecológico, que tem como principais objetivos avaliar os avanços dos processos de construção do conhecimento agroecológico em ensino, pesquisa e extensão a partir dos aprendizados das sistematizações de experiências realizadas na região Nordeste e fortalecer redes de construção do conhecimento agroecológico nesta região.

O evento começa no dia 19, a partir das 19 horas, no auditório do Hotel Serrano, com acolhida e organização da ida às comunidades onde serão apresentadas as sistematizações. Em seguida ocorre o processo de socialização dos objetivos do evento, programação e logística da visita de campo.

“Serão formados quatro grupos com no máximo 12 pessoas em cada. Cada grupo contará com três experiências. Além dos responsáveis pela sistematização também poderá (deverá) estar presente um ator da experiência, um agricultor, pesquisador, extensionista, catadora de mangaba, professor, etc.", comenta Melchior Batista, um dos organizadores do evento.

No dia 20 ocorrerão visitas aos seguintes locais: Lagoa Seca, Remígio, São Vicente do Seridó e Solânea, com saída prevista para as 6,30h da frente do Hotel Serrano, em Campina Grande. “A partir das 9 horas começaremos com as  apresentações das experiências nas comunidades, onde cada apresentação terá duração de 30-40 minutos, com mais 30 minutos de debate.  A expectativa é de terminar todas as apresentações e debates antes do almoço, detalha Batista.

Em São Vicente do Seridó os visitantes vão conhecer a primeira experiência sobre a Rede de Sementes, aos cuidados do agrônomo Emanoel Dias. A segunda experiência vai mostrar as estratégias interinstitucionais para a conservação da atividade extrativista da mangaba em Sergipe, com a especialista Raquel Fernandes Rodrigues. E a experiência número três será sobre os processos de formação de agentes multiplicadores em agroecologia, com facilitação de Ângela Küster.

Já em Remígio, os participantes do evento vão ter contato com a experiência da escola participativa do algodão, que tem como sub-tema “Construindo a Agroecologia no ensino, pesquisa e extensão”, sob responsabilidade do pesquisador Melchior Batista da Silva da Embrapa Algodão.

A segunda experiência é sobre aproveitamento de água de poço para cultivo de horta agroecológica na comunidade Cacimba do Baltazar, Sertão de Pernambuco, com facilitação de Alineáurea Silva. E José Ubiratan Santana fala de iniciativas que fazem a diferença.

Na cidade de Solânea, o evento mostra a experiência de “Construção do conhecimento agroecológico em redes de agricultores-experimentadores: a experiência do Pólo Sindical da Borborema”, aos cuidados de Euzébio Cavalcanti de Albuquerque. Depois os participantes conhecerão a experiência sobre um sistema de agrofloresta em pleno semi-árido, multiplicando a vida e os cuidados com a natureza, por Giovanne Xenofonte. Daniel Dourado mostrará a experiência sobre a diversificação dos sistemas de produção e da transição para a agroecologia.

O grupo de Lagoa Seca vai conhecer experiência da “Rede de Construção do Conhecimento Agroecológico da Borborema – PB”, com o facilitador Marcelo Galassi Paranhos. A segunda experiência é com os agricultores assentados em Itaporanga D’Ajuda, com foco na organização social e na experimentação agroecológica na Baixada Litorânea de Sergipe, por Gislene Diniz dos Santos. Em seguida, Maria Valdênia Santos de Souza, mostra a experiência sobre a Rede de Agricultores/as Agroecológicos/as do Território de Itapipoca.

Na parte da tarde, a partir das 14 horas, acontece a fase de debates dos grupos sobre as experiências, onde cada grupo se reunirá e preparará um relato das experiências para uma apresentação em plenária no dia seguinte.

No dia 21, no auditório central da Embrapa Algodão, a partir das 9 horas, acontecem apresentações das visitas seguido do debate em plenária das sínteses apresentadas. A partir das 11 horas será o momento da “Contextualização da Construção do Conhecimento Agroecológico”, por Paulo Petersen, da AS-PTA. Em seguida, Amaury Santos, da Embrapa Tabuleiros Costeiros conduz a discussão sobre “Transição Agroecológica na Embrapa”.

Depois do almoço ainda ocorre um novo trabalho em grupo para definir as estratégias de continuidade do debate da Construção do Conhecimento Agroecológico (CCA) e do avanço dos intercâmbios na região Nordeste.