Depois da grande crise algodoeira registrada no estado da
Paraíba, com o surgimento do bicudo, no início da
década de 80, representantes de diversos setores desta
cadeia
produtiva estão criando, com apoio institucional da Embrapa
Algodão, em Campina Grande, a
Associação dos
Produtores de Algodão da Paraíba (APAPB). A a
Assembleia
Geral Extraordinária de fundação e
constituição será realizada
às 14 horas da
próxima segunda-feira, dia 24, no auditório do
SEBRAE-PB,
em Patos, vizinho ao prédio sede da
Cooperativa
Agrícola Mista de Patos (Campal).
Segundo Waltermilton Cartaxo, um dos apoiadores da iniciativa na
Embrapa, os produtores que se associarem à APAPB
receberão apoio técnico
para
organização dos núcleos de
produção e na
orientação
da implantação e
condução
da lavoura. Orientação sobre o uso
das
tecnologias recomendadas pela Embrapa Algodão,
além de
mapeamento do solo da propriedade para o cultivo do algodão.
“Através da Embrapa e de outras
instituições
parceiras, os membros da associação
receberão
capacitação no
manejo de
solo para recuperação e
conservação,
pelo uso de técnicas e
equipamentos adequados
e mais facilidade ao acesso
às
tecnologias
desenvolvidas pela Embrapa
Algodão
e outras instituições”, diz
Cartaxo.
“A missão da entidade é
organizar os
produtores, fortalecer o setor e
representar os
interesses da cotonicultura do estado
de
Paraíba, de forma
sustentável
e integrada. E sua visão é ser, o mais
breve
possível, referência
nacional e
internacional como entidade de
classe
comprometida com a defesa
da
cotonicultura e reconhecida
como
Associação que luta
pela
sustentabilidade do algodão branco e
colorido no
estado da Paraíba. Seus objetivos são
representar,
interceder, promover, manter,
expandir e
defender os interesses dos
produtores
de algodão junto a
autoridades
públicas ou privadas,
com o
intuito de desenvolver a cotonicultura estadual e
nacional,
otimizar e dinamizar as relações entre
produtores,
comerciantes e indústrias”,
acrescenta.
Ele informa ainda que a assembleia geral extraordinária
contará com a participação de
diretores da
Associação Brasileira dos Produtores de
Algodão
(ABRAPA), entidade que coordena a nível nacional e
internacional
as articulações da cadeia produtiva do
algodão
Brasileiro. Além da representação
local dos
agricultores e instituições ligadas a cultura do
algodão no estado da Paraíba. A
criação da
entidade recebe o apoio também das seguintes
instituições: Campal; Governo do Estado da
Paraíba; FAEPA; SENAR; SEBRAE; Banco do Brasil ; Banco do
Nordeste; ABRAPA.
Histórico - A cotonicultura movimentou a economia
da
maioria dos municípios
paraibanos
durante muitas décadas. Segundo dados do IBGE, a
área
destinada ao cultivo de algodão, superior a 190 mil hectares
na
safra de 1 9 8 4 , f o i r e d u z i d
a
drasticamente a partir do
ano de
1985. O processo de decadência desta atividade
agrícola, em razão da
ausência de
vários fatores estruturais e de
políticas
públicas de apoio, agravou-se com surgimento da praga do
bicudo
do algodoeiro no ano de 1983. Com a abertura das
importações de pluma,
alicerçada
na redução da
alíquota
para zero, ocorreu desmonte de
toda
a cadeia produtiva do
algodão.
Atualmente, a área plantada
no
Estado é pouco mais
de 4.000
hectares de algodão, estabelecida em pequenos
núcleos municipais de
produção, graças
ao empenho
de organizações que
se
aglutinaram para reorganizar a
sua cadeia
produtiva, tendo como base primária a
força
da agricultura familiar, produtos
diferenciados,
a exemplo do algodão
orgânico e
agroecológico para o mercado de preço
justo.
O recente soerguimento da
cadeia
produtiva foi impulsionada
pelos adventos
do algodão colorido convencional e, posteriormente, do
algodão orgânico e
agroecológico, trabalhado
de forma verticalizada para atender ao mercado de
valor
agregado. Visando o fortalecimento e
visibilidade da
marca do algodão colorido e branco da
Paraíba, tornou-se urgente
e
necessário, o estabelecimento de uma
lógica
de organização da produção,
mediante a
aglutinação dos produtores em um
órgão
capaz de gerenciar a logística de
políticas
de apoio ao desenvolvimento
sustentável
da cadeia produtiva do
algodão, a
exemplo do que já ocorre na maioria dos estados produtores
de
algodão no Brasil.
Os interessados em participar do evento devem confirmar
presença
Carla Gameleira ou Socorro Alves pelo fone: 83.3182.4300, ou pelos
e-mails:
cartaxo@cnpa.embrapa.br;
carla@cnpa.embrapa.br;
socorro@cnpa.embrapa.br;
apapb@hotmail.com.