Representantes do Major Collaborative Research Initiative Program,
ligado ao Social
Sciences and Humanities
Research Council, do Canadá, estiveram nesta
terça-feira,
21, visitando a sede administrativa da Embrapa Algodão, em
Campina Grande (PB). Segundo a professora Nonita Yap, da Escola de
Desenvolvimento Rural, da University of Guelph, em Ontario, o governo
canadense poderá disponibilizar até US$ 2,5
milhões para projetos que envolvam
inovação
tecnológica em conglomerados (clusters) de micro e pequenas
empresas.
A pesquisadora diz que pretende desenvolver estudos de caso no Brasil e
no Vietnã. “Nós estamos interessados no
desenvolvimento de pesquisas sobre como as políticas de
interesse público podem para facilitar a
inovação,
a produtividade e a concorrência entre as pequenas e
micro-empresas, no intuito de promover os três grandes
objetivos
do desenvolvimento do milênio, que são a
redução da pobreza, sustentabilidade ambiental e
parcerias público-privados”, diz Yap.
Ela veio acompanhada do pesquisador Bruno Silvestre, professor
visitante do Centre for Policy Research on Science and Technology, de
Vancouver. “O projeto vai avaliar os arranjos produtivos de
diversos setores, como o que envolve produtores de seda preta,
cerâmica, reciclagem de alumínio e aço
entre
outros. Visitamos a região de Santa Cruz do Capiberibe, em
Pernambuco, e estamos indo à região de Campos, no
Rio de
Janeiro, conhecer a produção de etanol com
cana-de-açúcar”, diz Silvestre.
Os pesquisadores ficaram entusiasmados com a cadeia produtiva do
algodão colorido, apresentada pelo pesquisador Luiz Paulo de
Carvalho. “não imaginávamos o quanto de
tecnologia
se usa para se obter um produto desse tipo”, revela Bruno. O
projeto, em fase de implantação, deve buscar
apoio ainda
junto ao CNPq, ao Senai e ao Parque Tecnológico de Campina
Grande, além de algumas universidades brasileiras.
Segundo Nair Helena Arriel, chefe adjunta de
Comunicação
e Negócios da Embrapa Algodão, uma parceria com
os
institutos canadenses poderá viabilizar oportunidades de
formação para pesquisadores brasileiros no
Canadá
ou de pesquisadores vietnamitas no Brasil. “Temos interesse
nesse
tipo de articulação internacional, para
transferir
experiências positivas para outros países e
importar
tecnologias também”, diz Arriel.
Depois de visitar a Embrapa Algodão, os pesquisadores
canadenses
visitaram a cooperativa CoopNatural, quer agrega pequenos produtores de
confecções e artesanato a partir de tecidos
obtidos com
as variedades de algodão colorido desenvolvidas pela estatal
em
Campina Grande.