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Melhoristas africanos conhecem programa da Embrapa para algodoeiro no Brasil 

A Agência Brasileira de Cooperação (ABC) coordenou, entre os dias 6 a 14 de junho, em conjunto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), visita técnica de pesquisadores vinculados ao  Cotton-four (C-4). A missão teve como objetivo dar conhecimento aos pesquisadores sobre o programa de melhoramento de algodão da Embrapa, bem como possibilitar que escolham as variedades de sementes mais apropriadas para a implementação do projeto em Burkina Faso, Mali, Benin e Chade. Os pesquisadores africanos visitaram áreas de produção e centros de pesquisa em Brasília, Goiás e Mato Grosso.

“O objetivo principal da missão consistiu em dar conhecimento aos líderes dos países do C-4 sobre o Programa Brasileiro de Genética e Melhoramento do Algodão desenvolvido pela Embrapa.    Os especialistas convidados também fizeram avaliação conjunta dos materiais em teste de campo nas localidades de Santa Helena de Goiás (GO) e Primavera do Leste (MT), com seleção de linhagens avançadas de interesse dos programas de melhoramento de cada país envolvido no projeto de cooperação”, detalha  Sebastião Barbosa, consultor do projeto de cooperação.

Entre outros aspectos, os visitantes conheceram de perto técnicas de controle biológico de pragas do algodoeiro utilizadas no Laboratório de Produção Massiva de Trichogramma, em Goiânia e fizeram visita às instalações de conservação de germoplasma vegetal da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília.

Dentre os pesquisadores visitantes, Abdoulaye Hamadoun e Amadou Aly Yattara representando o Instituto de Economia Rural (IER), do Mali. Sanfo Denys foi o representante de Burkina Faso pelo Instituto Nacional de Pesquisas Agrícolas e Ambientais (INERA). Já o pesquisador beninense Emmanuel Sekloka representou o Instituto Nacional de Pesquisas Agrícolas do Benin (INRAB). E o pesquisador  Gaouna Boure Ouéy, representou do Chade, pelo Instituto Chadeano de Pesquisas Agrícolas para o Desenvolvimento (ITRAD).

Além de Sebastião Barbosa, a delegação internacional foi acompanhada pelo pesquisador da Embrapa Algodão, José Ednilson Miranda, e pelo Oficial de Chancelaria da Agência Brasileira de Cooperação, Rafael Espírito Santo Godinho. A missão percorrerou os estados de Goiás e Mato Grosso, sendo recepcionada também por Camilo de Lélis Morello, pesquisador responsável pelo Programa de Melhoramento de Algodão da Embrapa no Campo Experimental de Santa Helena de Goiás, e pelo gerente de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Algodão Francisco Farias, em Primavera do Leste (MT).

COOPERAÇÃO INTERNACIONAL - A visita técnica é parte do projeto “Apoio ao Desenvolvimento do Setor Cotonícola nos Países do Cotton-4 (Benin, Burkina Faso, Chade e Mali)”, e aconteceu em virtude do interesse mútuo entre as partes no fortalecimento da cooperação Sul-Sul, principalmente na área agrícola tropical onde a Embrapa é referência mundial.

“O Projeto Cotton-4 consiste no apoio do governo brasileiro com fins a contribuir para o aumento da competitividade da cadeia produtiva do algodão nos países do C-4 à luz dos efeitos combinados das práticas de subsídios e da desvalorização da moeda norte-americana no contexto da Rodada de Doha”, diz Barbosa.

Ele explica que a iniciativa da cooperação técnica oferecida pela ABC aos países do Cotton-4 se pauta na existência da tecnologia desenvolvida pela Embrapa, e outras instituições brasileiras de excelência, que possibilitou ganhos consideráveis na produtividade do algodão nacional e que poderá ser transferida para situações edafoclimatológicas semelhantes às das savanas africanas, incrementando significativamente a produtividade atual dos produtores do C-4.

“As atividades centrais do projeto se convergem na revitalização da Estação Experimental de Sotuba no Mali, que funcionará como Unidade Modelo de Validação e de Demonstração, e na capacitação de pesquisadores do C-4 em centros de pesquisa da Embrapa Algodão e outros centros de Excelência do Brasil, bem como em atividades na Estação Experimental”, detalha o consultor.

Dentre as atividades previstas na missão oficial destacou-se ainda a visita à Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, para conhecer o sistema de conservação e intercâmbio de germoplasma vegetal, biotecnologia de algodão e biossegurança de algodão geneticamente modificado. Os pesquisadores africanos conheceram também áreas de experimentação da Fundação Goiás para apresentação do programa de melhoramento genético do algodoeiro da Embrapa e dos materiais em teste de campo nas proximidades de Santa Helena de Goiás (GO).

Eles também visitaram as instalações da Área Experimental de Primavera do Leste (MT) e viram materiais em teste de campo do Programa de Melhoramento genético do algodoeiro da Embrapa em cooperação com o Instituto Matogrossense do Algodão (IMA). Visitaram a empresa UNICOTTON, unidade cooperativista brasileira de algodão de reconhecimento pela liderança na difusão de tecnologias que consolidaram a qualidade do algodão mato-grossensse. Outros pontos na programação foram a Fazenda Marabá, referência em produção de algodão, e da Área Experimental da Cooperfibra em Campo Verde (MT). Os convidados africanos visitaram a sede da ABC para formalização dos contatos entre pesquisadores e lideranças do projeto Cotton-4.

Segundo o chefe adjunto de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Algodão, Carlos Alberto Domingues, que esteve recentemente nos países africanos envolvidos no projeto, a visita internacional representou a consolidação do processo de internacionalização da estatal, que possui escritórios e laboratórios instalados estrategicamente na África (Acra-Gana), Europa, Estados Unidos e América Latina.


Redação: Dalmo Oliveira - Jornalista (MTb/PB N.º 0598)
Contatos: (83) 3182.4361 – E-mail: imprensa@cnpa.embrapa.br