A
certificação e beneficiamento do
algodão em
consórcios agroecológicos é o tema
central do
sexto módulo do curso de formação que
a Embrapa
Algodão promove, visando a capacitação
de
técnicos das organizações
não-governamentais AS-PTA – PB, DIACONIA
,
SABIÁ, COEP e ARRIBAÇÃ. O curso
acontece no
período de 18 a 20 de março no Convento Marista
de Lagoa
Seca (PB).
Na manhã do dia 18, os
participantes
terão um módulo sobre a
“Organização
para a certificação”, com os
facilitadores Maria
Valdenira Rodrigues e Pedro Jorge Lima, que vão discutir
sobre
temas como a certificação como
imposição do
mercado. Quando é necessário certificar um
produto, para
que, para quem? As formas de certificação.
Conceitos,
legislação e normas. A prática da
certificação orgânica: normas, cadastro
de
agricultores, inspeção, custos e
exigências de
trabalho e organização.
Certificação
participativa: possibilidades e limites.
Certificação no
Comércio Justo. “A idéia é
preparar os
técnicos para saber como proceder este ano para a
certificação da pluma
orgânica”, diz o
pesquisador Melchior Batista, um dos organizadores do evento.
No período da tarde, o curso
vai tratar
da certificação do algodão
orgânico,
orientando os técnicos como repassar
informações
para os agricultores e qual será a
participação
dos agricultores no processo de certificação. Na
quinta-feira, 19, o curso aborda o beneficiamento do algodão
orgânico, com a fala de Lima sobre a experiência da
ADEC /
ESPLAR com beneficiamento. Ele deve tratar ainda dos
parâmetros
para o beneficiamento do algodão (algodão em
rama, pluma)
e dos equipamentos para beneficiar e processar algodão.
Pedro
Jorge deverá falar também sobre as
exigências de
qualidade no algodão. Ele vai mostrar exemplos de
máquinas e implementos como o descaroçador
manual, fuso,
roca de pedal elétrica; descaroçadeiras,
fiação, tecelagem e
confecção .
No período da tarde os
participantes
vão conhecer in loco o beneficiamento do algodão
de
produtores da região de Juarez Távora, onde
vão
presenciar o trabalho de beneficiamento de 200 kg de algodão
em
rama e farão uma discussão com os operadores e
responsáveis. Na sexta-feira, dia 20, acontecerá
uma
sessão de intercâmbio na equipe técnica
, com o
relato da situação do projeto nos
territórios do Apodi, Cariri e Pajeú.
O evento prevê ainda uma
rodada de
discussões sobre situação de cada
comunidade de
referência. Os técnicos farão uma
reavaliação do projeto, visando melhorar a
organização da equipe e definir o
calendário das
próximas formações de
técnicos e
agricultores. “Vamos discutir a escolha de 10 comunidades
vizinhas e a abordagem das visitas de intercâmbio no
próximo módulo de
formação”,
acrescenta Batista. Discutirão ainda detalhes do encontro
semestral dos 5 territórios e a metodologia de
formação dos agricultores à luz das
“Escolas
de Campo”.
Redação: Dalmo
Oliveira - Jornalista (MTb/PB N.º 0598)