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Cotton-4 encerra primeira fase e nova etapa passa a integrar o Togo

Após quatro anos de atividades na África, chega ao fim a primeira fase do Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Setor Algodoeiro dos Países do Cotton-4 (Benin, Burkina Faso, Chade e Mali), coordenado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e implementado pela Embrapa. O encerramento oficial dessa etapa aconteceu no último dia 7 de novembro, em Bamako, Mali, com a inauguração das instalações da Estação Experimental de Sotuba, que funcionará como polo regional de pesquisa agrícola.

A segunda fase do programa terá início no próximo ano e integrará um novo país-membro (Togo), passando a se chamar “Reforço tecnológico e difusão de boas práticas agrícolas para o algodão nos países do C-4 e Togo”.

A nova etapa tem como objetivo melhorar o desempenho da cadeia de produção do algodão nos países do C-4 e Togo e contemplará a instalação de um Centro Regional de Recursos Genéticos no Mali, a capacitação de pesquisadores, agentes de transferência de tecnologia e produtores líderes africanos na utilização do Manual de Boas Práticas, a instalação de Unidades de Teste e Demonstração (UTD’s) nos cinco países africanos, a instalação de laboratórios de criação de insetos em todos os países do projeto e a capacitação no tema do manejo de doenças do algodoeiro para a África.

Segundo o articulador internacional da Embrapa Algodão, pesquisador José Ednilson Miranda, o balanço do programa é extremamente positivo. “É consenso entre os membros africanos e brasileiros que o sucesso do C-4 é indiscutível. E esse sucesso se deve ao trabalho participativo, à forma solidária de troca de conhecimentos e experiências e à busca coletiva pela adaptação das tecnologias brasileiras às realidades de cada país parceiro”, avalia.

Estiveram presentes à solenidade de inauguração das instalações no C-4 no Mali o diretor da Agência Brasileira de Cooperação, embaixador Fernando Abreu, o embaixador do Brasil no Mali, Jorge Ramos, profissionais da Embrapa e da ABC, o ministro do Desenvolvimento Rural do Mali, Bokary Tereta, o CEO do Instituto de Economia Rural,Bourama Dembele, ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca de Benin, Fatoumata Amadou Djibril, além de representantes dos departamentos de Agricultura de Burkina Faso, Chade e Togo.

Resultados

Durante a primeira fase do Cotton-4 foram testadas variedades brasileiras desenvolvidas pela Embrapa de Algodão e suas características de produtividade e qualidade tecnológica da fibra foram constatadas também no ambiente africano.
Foram trabalhados ainda o sistema de plantio direto e aspectos ligados à nutrição vegetal e ao manejo fitotécnico do algodão e de culturas associadas, práticas que já estão sendo adotadas por produtores locais.

Segundo Miranda, o controle biológico como ferramenta do manejo de pragas foi estimulado e já está em funcionamento um laboratório de criação de insetos. “A distribuição do parasitóide Trichogramma para os agricultores poderem controlar as pragas das lavouras de algodão ou das culturas alimentares será uma contribuição significativa para a busca do equilíbrio ambiental. A adoção de níveis de controle para tomada de decisão de controle terá como impacto imediato a redução do uso de inseticidas e a substituição das aplicações calendarizadas destes produtos”, destaca.

Para consolidar e difundir os conhecimentos construídos ao longo dessa fase foi lançada uma coleção de oito publicações em francês, de autoria dos pesquisadores da Embrapa Algodão em parceria com os pesquisadores das instituições de pesquisa dos países do C-4. Três volumes compõem o “Manual de Boas Práticas Agrícolas para o Algodão” e outros cinco volumes compõem a Coleção “Troca de experiências sobre o algodoeiro”; o Manual contendo informações básicas e indispensáveis sobre o manejo do algodoeiro com ênfase nas áreas do melhoramento genético, da entomologia e do sistema de produção e a coleção destacando em detalhes temas importantes deste sistema de produção, como a produção e liberação de Trichogramma, o reconhecimento de pragas e inimigos naturais nos países do C-4, uso de espécies vegetais de cobertura de solo e utilização de software para análise de dados experimentais.




Edna Santos - MTB-CE 01700
Embrapa Algodão
Contato: (83)3182-4361
edna.santos@embrapa.br
http://twitter.com/embrapa_algodao