Uma parceria entre a Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e Brasil, por
meio do governo Dilma Rousseff, possibilitará que médios
e pequenos agricultores familiares de seis países produtores de
algodão recebam apoio técnico da Embrapa Algodão
visando aumento na produtividade e na qualidade de vida destes
cotonicultores. Com esse objetivo, nos dias 16 e 17 de julho, a Unidade
recebeu a equipe coordenadora desse projeto com representantes da FAO,
da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e do
Ministério de Relações Exteriores do Brasil para
conhecer os avanços alcançados na pesquisa e na
área de difusão e transferência de
tecnologias com a cultura do Algodão.
A pauta da visita técnica contemplou a explanação
de diversos pontos de interesse e atenção apresentados
por pesquisadores e técnicos da Unidade. Para a equipe foi
oportunizado ter uma visão de dados e informações
que permitissem conhecer todas as etapas do desenvolvimento da
cotonicultura. Foram apresentadas tecnologias sobre o melhoramento do
algodoeiro semi - perene para a agricultura familiar do
semiárido, sistema de produção
agroecológico para o Estado da Paraíba, melhoramento do
algodoeiro colorido, a marca Algodão Cor natural desenvolvido
pela Embrapa, zoneamento agroecológico e risco
climático, sistema de produção de sementes da
região nordeste, deslintadores de algodão,
beneficiamento e controle de plantas daninhas, insetos e doenças
das lavouras por meio de bioativos derivados de vegetais. As
alternativas de plantio do algodão, consorciados com o gergelim,
milho e feijão, e erva-doce também foram temas explorados.
A equipe visitou as indústria têxteis COTEMINAS,
COOPNATURAl e a ENTRE FIOS localizadas em Campina Grande. O grupo
também teve a oportunidade de conhecer o
assentamento Margarida Maria Alves localizado em Juarez
Távora –PB onde os produtores locais plantam o
algodão orgânico colorido através do Projeto
do COEP, com o apoio técnico da Embrapa Algodão. Na
oportunidade, visitaram o campo de algodão e a miniusina de
beneficiamento de algodão desenvolvida em parceria com a Embrapa
Algodão e o Laboratório de Tecnologia de Fibras que
realiza as análises tecnológicas da fibra do
algodão.
Aspectos importantes do projeto
Coordenado pela regional da FAO no
Chile, o projeto se direciona para implementar ações de
transferência de tecnologias no Paraguai, Peru, Argentina,
Bolívia, Equador e Colômbia que são
produtores de algodão e que demandaram necessidades nessa
cultura e estão em fase de implantação. Com
exceção do Paraguai que já está numa fase
mais adiantada do projeto que é a elaboração dos
subprojetos.
De acordo com Adriana Gregolin representante da FAO, o encontro
ofereceu ao grupo oportunidade de conhecer o trabalho da Empresa em
relação a essa cultura. “A reunião
permitiu conhecer como estão sendo desenvolvidas as pesquisas e
as ações de transferência de tecnologia da Embrapa
Algodão realizado de forma participativa com os agricultores
aproveitando todo o conhecimento deles, o que é importante para
o projeto que visa trabalhar numa metodologia de
construção participativa, dialogada em conjunto com as
organizações parceiras e os beneficiados diretos que
são as instituições dos países, os governos
e os agricultores. A expectativa é de contribuir com esses
países, com a parceria da Embrapa, no desenvolvimento da cadeia
produtiva do algodão. Retomar produtividade, qualidade do
produto e assim, melhorar a qualidade de vida dos agricultores e das
famílias que vivem no campo. Desta forma contribuir para a
superação da pobreza rural que é o compromisso de
todos esses países junto à FAO, disse.
A ABC trabalha com a Cooperação Sul-Sul a partir das
demandas dos países. Seu papel é coordenar essas
ações com uma cooperação trilateral
- Brasil, organismo internacional e
instituições brasileiras que possam somar esforços
para solucionar as demandas. Esse projeto da cadeia produtiva do
algodão, que foi assinado em 2012 tem o apoio do Instituto
Brasileiro de Algodão (IBA) que disponibilizou os recursos para
este projeto. A parceria da Embrapa Algodão foi valorizada por
Camila Areia, representante da ABC. Destacou que não é
só a produção que é problema e que
não é possível resolver todas as demandas. Segundo
ela, outras necessidades ocorrem e devem ser focadas, como a
organização social dos produtores através de
cooperativas e associações e outros aspectos como a
garantia da comercialização do produto.
Camila também enfatizou a “expertise” com que a
Empresa vem lidando de forma participativa na transferência das
tecnologias e práticas de manejo na agricultura familiar,
segundo ela isto é muito importante. “A
cooperação social é isso. É construir com
as instituições brasileiras e com as
instituições governamentais e países parceiros. E
eles se apropriam daquele conhecimento que está sendo criado. A
idéia é sempre criar junto para tentar solucionar os
problemas que são possíveis, de acordo com a necessidade
de cada região. Trabalhamos por demanda, não chegamos com
nada pronto. A diferença de cooperação social
é exatamente essa: esperamos as demandas para atuar e construir
juntos a melhor solução possível para aquela
situação”, esclareceu.
Jany Cardoso - MTB-DF 8337/DF
Núcleo de Comunicação Organizacional - NCO
Embrapa Algodão
Contato: (83)3182-4361
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cnpa.sac@embrapa.br
Colaboração: Alidiane Sousa
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