Foto: Ivan Cruz
Praga ataca lavoura de milho, soja e algodão
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A partir desta semana,
produtores de soja e algodão da Bahia receberão
orientações do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre como aplicar o defensivo
agrícola benzoato de emamectina em suas plantações
para combater a praga quarentenária Helicoverpa armigera, que
já provocou prejuízos da ordem de R$ 2 bilhões no
extremo Oeste do Estado.
A aplicação do benzoato de emamectina, a ser utilizado
pela primeira vez no Brasil, ocorrerá de forma controlada
e em área previamente delimitada. O objetivo é quebrar o
ciclo biológico da praga diminuindo assim a pressão
populacional para, em seguida, iniciar manejo integrado.
Os cuidados que os agricultores terão que observar na
aplicação para evitar intoxicação ou
uso inadequado do produto, tanto do ponto de vista da saúde
quanto do meio ambiente, são os mesmos utilizados para
qualquer outro agrotóxico.
Entre essas recomendações estão: evitar aplicar o
defensivo na presença de ventos fortes ou nas horas mais
quentes; não aplicar o produto a uma distância menor que
100 metros de rios, riachos, córregos, lagos estuários,
áreas alagadas ou sujeitas à inundação
quando for pulverização terrestre; usar somente as doses
recomendadas; não executar aplicação aérea
de agrotóxicos em áreas situadas a uma distância
inferior a 500 metros de povoação e de mananciais de
captação de água para abastecimento público
e de 250 metros de mananciais de água, comunidades, agrupamento
de animais e vegetação suscetível a danos;
não aplicar o produto no período de maior
visitação das abelhas.
O monitoramento da aplicação do produto será feito
pela ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária
da Bahia) com supervisão regional do Mapa (SFA/BA), sendo que
todas as aplicações serão presencialmente
acompanhadas por órgãos de defesa agropecuária.
O monitoramento com relação à saúde
deverá ser garantido a partir de orientações da
ANVISA, inclusive com previsões de acompanhamento dos eventuais
casos de intoxicação.
No prazo de 90 dias, o Grupo de Gerenciamento Situacional de
Emergência, deverá apresentar, através do Mapa,
relatório de monitoramento dos efeitos sobre o meio ambiente,
sobre a saúde e a efetividade sobre o combate à praga,
com subsídios recebidos do IBAMA, ANVISA e ADAB.
Assim como recomendado para todos os defensivos comercializados no
Brasil, o agricultor não deve lavar as embalagens ou equipamento
aplicador em lagos, fontes, rios e demais corpos da água.
Caso seja constatado qualquer impacto nocivo na saúde ou no meio
ambiente e/ou o descumprimento de quaisquer diretrizes do IBAMA e da
ANVISA o uso do produto poderá ser suspenso e o
Ministério Público adotará medidas pertinentes.
O Mapa esclarece, ainda, que o uso do benzoato de emamectina
terá caráter provisório. A
autorização para importação emergencial
deu-se pela Instrução Normativa nº 13, de 03 de
abril de 2013.
Outras legislações pertinentes: Portaria nº 42, de
05/03/2012; Instrução Normativa nº 08, de
05/04/2013; e Instrução Normativa nº 12, de
18/04/2013.
Em caso de dúvidas ou para mais informações:
Central de Atendimento do Mapa: 0800 704 1995
Disque-Intoxicação ANVISA: 0800-722-6001
Fonte: Mapa
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