Criada em 26 de abril
de 1973 como principal instrumento na reformulação da
pesquisa agropecuária brasileira, a Embrapa foi parte efetiva da
revolução agrícola que tornou o Brasil um dos
líderes mundiais em tecnologias para a agricultura
tropical.
Nesse período, o País deixou uma situação
de insegurança alimentar e passou a ser um dos principais
produtores de alimentos do mundo. O crescimento da oferta para o
mercado interno superou a curva de crescimento da demanda,
provocando uma queda de 50% no valor da cesta básica, entre 1975
e 2011.
Essa revolução no campo é fruto do trabalho
conjunto da Embrapa, das instituições estaduais de
pesquisa e extensão, de universidades e do setor produtivo, que
apostou nas tecnologias geradas pela pesquisa. Essas
inovações ajudaram a mudar o cenário brasileiro
com incremento de produção, produtividade e impulsionando
a competitividade, com sustentabilidade.
A produção de grãos, por exemplo, cresceu por
volta de 400%, enquanto a área cultivada aumentou cerca de 80%.
Em 1972, a safra foi de 30 milhões de toneladas numa área
de 28 milhões de hectares. Hoje, a área plantada com
grãos no Brasil é da ordem de 50 milhões de
hectares e a produção ultrapassou 166 milhões de
toneladas.
Esses avanços são decorrentes de inovações
como o melhoramento genético, que gerou cultivares adaptadas
às condições de produção tropicais;
a transformação de largas extensões de terras
inadequadas à produção, em especial dos cerrados,
em solos férteis, aptos para a agricultura, além do
desenvolvimento de sistemas de produção e sistemas de
produção adaptados às diversas regiões do
País, com base em técnicas de adubação
– em especial a fixação biológica de
nitrogênio –, controle de doenças e pragas,
rotação de culturas e recuperação de
pastagens entre outras tecnologias.
A adoção de tecnologias na pecuária também
proporcionou a modernização do setor, justificando o
aumento da produção pelo incremento da produtividade e
não pela expansão da área de pastagens. Como
resultado, o País ampliou em quatro vezes a
produção de carne bovina e triplicou a de carne
suína.
Pesquisas nas áreas de sanidade animal, genética,
reprodução, nutrição, manejo de pastagens e
melhoramento genético de forrageiras são alguns exemplos
de inovações da pesquisa que geraram impactos diretos no
aumento da produtividade na pecuária.
O Brasil é atualmente o 3º maior exportador mundial de
produtos agropecuários. É também o maior
exportador de café, açúcar, suco de laranja,
etanol de cana-de açúcar, frango e soja; segundo maior
exportador de carne bovina e terceiro maior exportador em
algodão.
Estrutura
A Embrapa é constituída por 47 Unidades Descentralizadas
de Pesquisa e Serviço, além de 15 Unidades
Centrais. Ela também coordena e integra o Sistema Nacional
de Pesquisa Agropecuária (SNPA), constituído pelas
Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária
(Oepas), por universidades e institutos de pesquisa de âmbito
federal ou estadual e organizações, públicas e
privadas, vinculadas à atividade de pesquisa
agropecuária.
A Empresa, junto com seus parceiros, desenvolve pesquisas em diversas
áreas do conhecimento beneficiando setores do
agronegócio e as parcerias foram fundamentais nesse sentido,
permitindo um intercâmbio de conhecimentos com
instituições líderes em pesquisa no Brasil e no
mundo. Cerca de 250 novos projetos de pesquisa são aprovados
anualmente na Embrapa nos mais variados temas de interesse do
agronegócio nacional. Hoje a Empresa opera uma carteira do
Sistema Embrapa de Gestão (SEG) com mais de mil projetos.
Uma estratégia inovadora na Empresa resultou na
implantação de portfólios de pesquisa - conjuntos
de projetos afins em temas de grande importância
estratégica: Setor Sucroenergético; Agricultura e
Mudanças Climáticas; Monitoramento do Uso e Cobertura da
terra (geotecnologias); Sistemas de Produção de Base
Ecológica (que inclui a agroecologia e muitos projetos de
agricultura familiar); Aquicultura; Integração
Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF); Fixação
Biológica de Nitrogênio; Agricultura de Precisão;
Nanotecnologia; Reprodução Animal.
A força da Embrapa também está em sua estrutura,
sendo destaque entre as empresas públicas pela equipe altamente
qualificada. São 9.795 empregados dos quais 2427 são
pesquisadores, 81% deles com doutorado. O orçamento da Empresa
em 2012 foi de R$ 2,33 bilhões.
No âmbito internacional, a Empresa desenvolve 49 projetos de
cooperação técnica com a América Latina e
Caribe, contemplando 18 países, e 51 projetos de
cooperação com 9 países da África. Em
termos de cooperação científica, destacam-se os
Laboratórios Virtuais da Embrapa no exterior (Labex), um arranjo
inovador que permite o intercâmbio de conhecimento entre
pesquisadores da Embrapa e cientistas das principais
instituições mundiais de pesquisa. Atualmente, a Empresa
conta com Labex em operação nos Estados Unidos,
França, Alemanha, Reino Unido, Coreia e China. Ainda em 2013,
entrará em operação um novo Labex, sediado no
Japão.
Secretaria de Comunicação – Secom
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa
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