Nesta segunda-feira, 15 de abril, é comemorado o Dia Nacional de Conservação do Solo. Componente vital para o desenvolvimento das plantas e, consequentemente, para a sobrevivência humana, o solo é um recurso natural que precisa ser bem utilizado para evitar a perda da sua capacidade produtiva. Na região semiárida, os cuidados devem ser ainda maiores, em função das constantes secas, da predominância de solos rasos e cobertura vegetal esparsa e do risco de desertificação.

A principal causa de degradação das terras agrícolas é a erosão hídrica, que consiste no desprendimento e arraste do solo pela água da chuva ou irrigação. “Além da perda do solo, a erosão provoca a perda da água da chuva na propriedade, pois ocorre o escoamento, reduzindo o volume de água disponível para as plantas, bem como, o abastecimento dos rios e poços”, afirma o pesquisador da Embrapa Algodão, Valdinei Sofiatti.

Para o uso adequado de cada parcela da sua propriedade, o agricultor deve realizar o manejo e conservação do solo e da água. “Esse manejo consiste numa série de técnicas de conservação de solo e água que devem ser adotadas em áreas de cultivo ou de pecuária, visando minimizar os problemas causados pela erosão do solo e falta de retenção da umidade no solo, buscando a sustentabilidade econômica e ambiental da agricultura na região semiárida”, explica o pesquisador.

Entre as técnicas mais usadas são a adubação, calagem, cobertura do solo, rotação de culturas, cultivo em nível, plantio direto e terraceamento.

Segundo Valdinei, com o uso dessas técnicas o agricultor garante a melhoria do solo, tanto em sua fertilidade como nas suas características físicas, evita as perdas por erosão, retém melhor a umidade no solo. Quando o agricultor utiliza o plantio direto, tem ainda uma redução nos custos de implantação da lavoura, pois não é necessário fazer o preparo do solo, com aração e gradagem. Além disso, consegue-se fazer o plantio já no inicio das chuvas, ou seja, não se perde o início do período chuvoso fazendo preparo de solo.

Em anos que a estação chuvosa é mais longa, tem-se a possibilidade de fazer o plantio de culturas de cobertura  antes do plantio da cultura de importância econômica,  e obter forragem  para os animais e cultivar a cultura comercial como feijão, milho, algodão, mamona, amendoim sobre os restos culturais destas culturas de cobertura.

“Com uso das técnicas conservacionistas, a possibilidade de sucesso da agricultura no semiárido é muito maior se comparada à agricultura convencional, uma vez que o solo é preservado , afirma o pesquisador.

Para informações mais detalhadas sobre as técnicas que o produtor pode aplicar para conservar o solo e a água da sua propriedade, confira aqui a circular técnica “Práticas de Conservação de Solo e Água”.

Edna Santos - MTB-CE 01700 JP
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