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Irrigação não influencia no teor de óleo da semente de mamona, aponta estudo

O pesquisador da Embrapa Algodão, Liv Soares Severino apresentou nesta semana os resultados do seu curso de doutorado, concluído no final de 2012, pela Texas Tech University, nos Estados Unidos. Durante seminário voltado para os pesquisadores da Unidade ele discorreu sobre suas principais descobertas em estudos com a cultura da mamona, como o efeito da irrigação sobre os componentes da produção e a importância da temperatura para o crescimento das sementes.

Como o principal produto da mamona é o óleo contido nas sementes, um dos objetivos dos plantadores de mamona é o aumento do teor de óleo. No entanto, um dos resultados obtidos no estudo foi que a irrigação não influencia o teor de óleo da semente de mamona. “Quando nós fornecemos mais água, a planta aumenta o número de cachos e aumenta um pouco o tamanho do cacho; mas o peso da semente e o teor de óleo praticamente não se alteram” disse Liv.

Segundo ele, um dos principais aprendizados durante seu curso foi a oportunidade de interagir com pesquisadores de vários países que trabalham com a mamona e a percepção de que existem desafios que precisam ser trabalhados em cooperação para serem superados. “Os pesquisadores de mamona do mundo todo apontaram uma prioridade número um para esta cultura: a necessidade de se fazer a colheita de forma mecanizada. Isto ocorre porque nos três principais países produtores de mamona o custo da mão de obra está subindo rapidamente e não está sendo viável colher mamona a mão”, afirmou o pesquisador. “Por exemplo, alguns países da Europa tentaram produzir mamona na década de 1980, mas o projeto não foi à frente porque a colheita mecanizada ainda não estava funcionando adequadamente”, completou.

Embora esta seja uma prioridade mundial, não existem grupos de pesquisa trabalhando com este tema seja no Brasil ou em outros países. O pesquisador acredita que o desenvolvimento de tecnologia para a colheita mecanizada deveria ser priorizado pelos pesquisadores do Brasil, pois este sistema de produção permitirá o aumento da rentabilidade do cultivo de mamona e a expansão da área plantada. “Este sistema de produção, além do desenvolvimento de máquina apropriadas, precisará de novas cultivares, adaptação do sistema de produção com plantio mais adensado, irrigação e melhor manejo da adubação”, avaliou.

Liv destacou ainda a elevada demanda por óleo de mamona em todo o mundo. “Falta óleo de mamona no mercado e o Brasil pode sair na frente para atender a essa demanda, pois é o país que reúne as melhores condições para o desenvolvimento da cultura em grande escala”, declarou.

Edna Santos - MTB-CE 01700 JP
Colaboração - Liv Soares Severino
Embrapa Algodão
Contato: (83)3182-4361
edna.santos@embrapa.br
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http://twitter.com/embrapa_algodao