Foto: Sérgio Cobel
Em
seminário, Liv Severino abordou o efeito da
irrigação sobre os componentes de produção
e a importância da temperatura para o crescimento das sementes da
mamona
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O
pesquisador da Embrapa Algodão, Liv Soares Severino apresentou
nesta semana os resultados do seu curso de doutorado, concluído
no final de 2012, pela Texas Tech University, nos Estados Unidos.
Durante seminário voltado para os pesquisadores da Unidade ele
discorreu sobre suas principais descobertas em estudos com a
cultura da mamona, como o efeito da irrigação sobre os
componentes da produção e a importância da
temperatura para o crescimento das sementes.
Como o principal produto da mamona é o óleo contido nas
sementes, um dos objetivos dos plantadores de mamona é o aumento
do teor de óleo. No entanto, um dos resultados obtidos no estudo
foi que a irrigação não influencia o teor de
óleo da semente de mamona. “Quando nós fornecemos
mais água, a planta aumenta o número de cachos e aumenta
um pouco o tamanho do cacho; mas o peso da semente e o teor de
óleo praticamente não se alteram” disse Liv.
Segundo ele, um dos principais aprendizados durante seu curso foi a
oportunidade de interagir com pesquisadores de vários
países que trabalham com a mamona e a percepção de
que existem desafios que precisam ser trabalhados em
cooperação para serem superados. “Os pesquisadores
de mamona do mundo todo apontaram uma prioridade número um para
esta cultura: a necessidade de se fazer a colheita de forma mecanizada.
Isto ocorre porque nos três principais países produtores
de mamona o custo da mão de obra está subindo rapidamente
e não está sendo viável colher mamona a
mão”, afirmou o pesquisador. “Por exemplo, alguns
países da Europa tentaram produzir mamona na década de
1980, mas o projeto não foi à frente porque a colheita
mecanizada ainda não estava funcionando adequadamente”,
completou.
Embora esta seja uma prioridade mundial, não existem grupos de
pesquisa trabalhando com este tema seja no Brasil ou em outros
países. O pesquisador acredita que o desenvolvimento de
tecnologia para a colheita mecanizada deveria ser priorizado pelos
pesquisadores do Brasil, pois este sistema de produção
permitirá o aumento da rentabilidade do cultivo de mamona e a
expansão da área plantada. “Este sistema de
produção, além do desenvolvimento de
máquina apropriadas, precisará de novas cultivares,
adaptação do sistema de produção com
plantio mais adensado, irrigação e melhor manejo da
adubação”, avaliou.
Liv destacou ainda a elevada demanda por óleo de mamona em todo
o mundo. “Falta óleo de mamona no mercado e o Brasil pode
sair na frente para atender a essa demanda, pois é o país
que reúne as melhores condições para o
desenvolvimento da cultura em grande escala”, declarou.
Edna Santos - MTB-CE 01700 JP
Colaboração - Liv Soares Severino
Embrapa Algodão
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