A
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está levantando
informações para estabelecer o custo de
produção do algodão colorido e implantar a
Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para
a cultura. O objetivo é promover a estabilização
da cadeia produtiva assegurando a garantia de compra aos produtores da
fibra. A previsão dos técnicos da Conab é que a
PGPM do algodão colorido seja inserida até o mês de
abril.
Para
realizar o cálculo do custo de produção do
algodão colorido no estado da Paraíba, técnicos da
Conab visitaram municípios produtores na última semana.
Na ocasião, eles se reuniram com agricultores e representantes
de cooperativas agrícolas e da Embrapa Algodão, da
Emater, além de agentes financeiros.
Entre
as informações solicitadas estão a disponibilidade
de sementes, área plantada no passado, área,
produção e produtividade nos últimos cinco anos.
Após a finalização do estudo, será enviada
uma proposta de preço mínimo para os ministérios
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Fazenda.
Durante
o encontro com os profissionais da Embrapa Algodão o gerente de
Fibras e Produtos Especiais e Regionais da Conab, Djalma Fernandes,
explicou que a política de preço mínimo deve
contribuir para alavancar a cadeia produtiva do algodão
colorido. “Com essa política o produtor terá um
colchão, uma garantia mínima de preço e isso
será muito bom, pois ele irá se sentir seguro para
plantar, além de impulsionar a cadeia por meio dessa
participação do governo”, analisou.
O
gerente de Custos de Produção da Conab, Asdrúbal
Jacobina, também acredita que a definição de um
preço mínimo terá impacto positivo no mercado.
“O agricultor já sabe que com o preço
mínimo, mesmo que ele não consiga comercializar sua
produção, poderá vender para o governo.
Então, se o preço de mercado tiver abaixo do preço
mínimo e anunciarmos que iremos atuar no mercado, o preço
já sobe e aí a iniciativa privada aumenta seu
preço. Muitas vezes, não é necessária a
intervenção governamental, pois próprio o mercado
se ajusta”, afirmou.
O
representante da Associação da Indústria do
Vestuário da Paraíba, Napoleão Nunes, espera que
com a inserção do algodão colorido na PGPM
não falte mais matéria-prima para a industrial
têxtil. “Nós que estamos na ponta da cadeia sofremos
muito com a falta do material. Dessa forma, esperamos que com o
preço mínimo sendo estabelecido, o produtor volte a ser
incentivado a produzir e consequentemente não faltará
material na cadeia”, declarou.
Segundo
dados apurados pela Conab a área plantada com algodão
colorido na Paraíba já chegou a cerca de 1.800 hectares,
em 2001, mas nos cinco últimos anos, essa área se
estabilizou em torno de 400 hectares (com exceção da
última safra que, em função da seca, foi de apenas
60 hectares).
Edna Santos - MTB-CE 01700 JP
Embrapa Algodão
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