Foto: Embrapa
A BRS 336 é uma das cultivares mais recentes de algodão lançadas pela Embrapa
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O
trabalho de pesquisa nos cerrados do Piauí e Maranhão
avança em 2013. Dez novos experimentos com cultivares e
linhagens de algodão herbáceo já foram instalados
este mês, pela Embrapa Meio-Norte, nos municípios de
Uruçuí, no Piauí; São Raimundo das
Mangabeiras e Mata Roma, no Maranhão.
Os experimentos foram implantados com ensaios de Valor Cultural e Uso,
Linhagens Finais de Fibras Médias e Longas, além de
ensaios Nacional de Cultivares de Ciclo Médio Tardio e
Médio Precoce. Segundo o pesquisador José Lopes Ribeiro,
o estudo é para identificar as cultivares e linhagens mais
produtivas para o cultivo nos cerrados do Meio-Norte.
Nos últimos 20 anos, a Embrapa Meio-Norte, em parceria com a
Embrapa Algodão, que tem sede em Campina Grande, na
Paraíba, já desenvolveu e lançou 20 cultivares de
algodão herbáceo indicadas para os cerrados do
Piauí e Maranhão. As mais recentes são as
cultivares BRS Araça, BRS Buriti, BRS 286, BRS 293, BRS 335 e
BRS 336.
A produtividade média da cultivar BRS 335 é acima de 4
toneladas por hectare. Já a BRS 336, recomendada tanto para os
cerrados como para o semiárido, tem um diferencial: a qualidade
da fibra, que varia de 32 a 34 milímetros. As demais cultivares
têm produtividade média de 3,8 toneladas por hectare.
No Piauí, em 2012, segundo dados do IBGE, a área colhida
com algodão herbáceo foi de 20.781 hectares. A
produção chegou a 74.820 toneladas de algodão em
caroço. A produtividade média, por hectare,
alcançou 3,6 toneladas. José Lopes Ribeiro reconhece que
a área plantada no estado ainda é muito tímida.
O pesquisador lembra que o algodão plantado no Meio-Norte
só ganhou fôlego na área comercial em 2007, quando
a atividade migrou do semiárido para os cerrados, percorrendo um
longo caminho recheado de dúvidas quanto à viabilidade do
negócio.
Fernando Sinimbu ( Jornalista 654 MTb/PI )
(86) 3089-9118
fernando.sinimbu@embrapa.br
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