A Embrapa Algodão recebeu nos dias 18 e 21 deste mês, a visita de empresários holandeses e espanhóis interessados em estabelecer parcerias envolvendo as culturas da mamona e do algodão colorido, respectivamente. Eles foram recebidos pelo chefe-geral , Napoleão Beltrão, e por pesquisadores, que apresentaram o potencial das culturas pesquisadas pela Unidade.

Liderada pelo diretor-geral da multinacional SuperVerde, Vicent de Valk, a comitiva holandesa veio em busca de firmar parceria para desenvolver tecnologias para produção de sementes de alta produtividade, em áreas de cultivo irrigadas, destinadas ao mercado de bioplástico. “A exemplo do que foi feito com o algodão e com a soja, nós estamos buscando oportunidades de profissionalizar a cadeia produtiva da mamona e aumentar a sua produtividade no Brasil”, afirmou o empresário.

Durante apresentação para o grupo, a pesquisadora e melhorista da cultura da mamona, Máira Milani, explicou que inicialmente a Embrapa Algodão focou suas pesquisas em cultivares destinadas a pequenos produtores, lançando no mercado variedades puras e com resistência à seca. “Ainda não havia demanda para híbridos, que são materiais mais refinados, de alta produtividade, mas que necessitam de maiores tratos culturais e tem pouca resistência à seca”, afirmou.

O grupo de pesquisadores apresentou o banco de germoplasma de mamona e as possibilidades de parceria que serão analisadas pelos empresários. Novas reuniões envolvendo também a Secretaria de Negócios da Embrapa - SNE (Brasília)  e visando à formatação de um convênio serão realizadas ao longo do ano.

Já os visitantes espanhóis querem firmar uma parceria com produtores do estado da Paraíba, com apoio da Embrapa Algodão, para aquisição de algodão colorido. Eles são proprietários da empresa Fox Fibre, que produz roupas com o algodão orgânico certificado e não utiliza produtos químicos para evitar alergias nos consumidores. A marca é voltada para pessoas que possuem problemas de saúde como a fibromialgia e sensibilidade a produtos químicos.

Na passagem pela Unidade eles conheceram as cultivares lançadas e discutiram com a Chefia questões como as potencialidades do algodão colorido, certificação, benefícios, as dificuldades causadas pela seca, entre outras.