O chefe-geral da
Embrapa Algodão, Napoleão Beltrão, participou nesta semana de dois eventos
relacionados à seca no Estado da Paraíba. Na segunda-feira, 14, ele reuniu-se
com representantes de instituições como a Petrobras Bicombustível, Emepa, Incra,
Banco do Nordeste, Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba –
Aesa, Vínculus Cooperativa de Prestação de Serviços em Desenvolvimento
Sustentável e Secretaria do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca – Sedap,
para discutir sobre a seca e seus impactos no Zoneamento de Risco Climático do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa para diversas
culturas neste ano de 2013.
Durante a reunião, discutiu-se um possível adiamento do prazo do zoneamento
de culturas como a mamona em função do possível atraso no início das chuvas. Na oportunidade Napoleão Beltrão, explicou
como é realizado o Zoneamento de Risco Climático do Mapa e a sua importância
para uma garantia de produção, com elevado índice de acerto. “O zoneamento tem
como base as Normais Climatológicas de chuvas, temperatura, os tipos de solos
existentes em cada microrregião de cada Estado zoneado, considerando a
profundidade, a textura e outras variáveis importantes para o crescimento e o
desenvolvimento das plantas e a Embrapa participa dando informações técnicas
das culturas”, informou. “Hoje temos mais de 40 culturas zoneadas em todo o Brasil,
com o ótimo ecológico de cada cultura para cada estado e cada safra”, completou.
Ao final de sua exposição ele defendeu a observância do
zoneamento. “Temos é que estar planejados com sementes de elevada qualidade física,
com elevado valor cultural e identidade genética e seguir o zoneamento do Mapa”,
concluiu.
Na terça-feira,
15, o chefe-geral representou a Unidade no lançamento da Campanha SOS Seca
Paraíba, um movimento suprapartidário para chamar a atenção do Governo Federal
para ações emergenciais e duradoras para convivência com a seca, com foco no
fortalecimento da agricultura, proteção dos habitantes do semiárido e segurança
hídrica da região. O evento reuniu os senadores paraibanos Cássio Cunha Lima
e Vital do Rêgo, deputados federais e estaduais, lideranças religiosas, pesquisadores,
professores, entre outros.
Na ocasião foi divulgada a Carta da Paraíba, documento
oficial da campanha, que junto com relatório final da Caravana da Seca, reúne propostas
e sugestões de autoridades civis e eclesiásticas, várias entidades e população
em geral. O documento será enviado ao Governo Federal com sugestões referentes
a ações estruturantes para o semiárido, tais como: ampliar a operação
carro-pipa; aumentar a distribuição de ração animal; recuperar e instalar
poços; distribuir cestas básicas; reativar e desburocratizar o Programa do
Leite; revitalizar perímetros irrigados; implantar adutoras; massificar a construção
de cisternas; criar programa de geração de renda para o sertanejo e driblar o
êxodo rural; despoluir rios e açudes que receberão águas da transposição do Rio
São Francisco.
A Embrapa Algodão e a Embrapa Semiárido estão entre as
instituições que contribuíram com a elaboração dos documentos, propondo ações
como a instalação de barragens subterrâneas, desenvolvimento de amplo programa
de cisternas e placas, criação de um programa preventivo de fenação e ensilagem
para ração dos rebanhos em períodos de secas, criação de um programa de retomada
do cultivo do algodão para geração de renda familiar e viabilizar a integração
lavoura pecuária, entre outras.
Edna Santos - MTB-CE 01700 JP
Embrapa Algodão
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