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Pesquisadora da Embrapa é co-autora de artigo sobre sequenciamento do genoma de algodão silvestre na revista Nature
A pesquisadora da Embrapa Algodão, Lúcia Hoffmann, é uma das autoras do artigo “The cotton genome, its polyploidies, and the evolution of spinnable fibers ” (O genoma do algodão, seus poliploidies e a evolução das fibras), publicado nesta quinta-feira (20), na revista Nature, uma das principais revistas científicas do mundo. O artigo traz o sequenciamento do genoma de uma espécie silvestre do algodoeiro - o Gossypium raimondii -  comparado com Gossypium herbaceum, que são do mesmo gênero, mas espécies diferentes que o algodoeiro cultivado - o Gossypium hirsutum.

O estudo é um passo importante para a pesquisa com o algodão cultivado, que pode trazer grandes avanços para a biotecnologia aplicada à cultura, entre eles, informações precisas sobre resistência ou suscetibilidade do algodoeiro a pragas e doenças, quantidade e qualidade da fibra.

 Conforme Lúcia Hoffmann, o artigo compara espécies atuais muito similares a espécies de algodão ancestrais cujo cruzamento deu origem ao algodoeiro cultivado.  “O artigo demonstra que o algodoeiro hoje cultivado, como muitas outras espécies de plantas, talvez todas, teve uma evolução baseada em duplicação total do genoma. Isso parece ser mais comum em plantas e envolve cruzamentos de planta-pai e planta-mãe de espécies relacionadas, mas distintas”, afirma.

 “Aparentemente esta duplicação é importante para o processo de evolução porque duplica-se o número de genes, e mutações, perdas de função e ganho de função podem ocorrer em um dos genomas enquanto o outro genoma mantém a função original, aumentando a diversidade de proteínas ou resposta bioquímica ao ambiente”, diz Hoffmann.

“Neste aumento de diversidade, amplia-se o número de características, incluindo propriedades importantes do algodão, como quantidade e qualidade de fibra”, completa.
A pesquisa foi realizada por cerca de 70 autores de diversos países, liderada pela Universidade da Geórgia (EUA) e com a participação também da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

Saiba mais

O algodoeiro Gossypium raimondii  é uma espécie silvestre do tipo diplóide (tem apenas dois conjuntos cromossômicos, totalizando 26 cromossomos); já o algodão cultivado (Gossypium hirsutum) é alotetraploide (tem quatro conjuntos cromossômicos, somando 52 cromossomos), daí ser mais fácil realizar o sequenciamento da primeira espécie.

Edna Santos - MTB-CE 01700 JP
Embrapa Algodão
Contato: (83)3182-4361
edna.santos@embrapa.br
cnpa.sac@embrapa.br
http://twitter.com/embrapa_algodao