Incentivar
o desenvolvimento sustentável da cultura da mamona por meio de
capacitação de técnicos, agricultores
facilitadores e agricultores de base familiar no modelo de ensinamento
das Unidades Técnicas de Demonstração (UTDs)
– Escolas de Campo visando à apropriação de
um novo sistema de produção. Esse é o objetivo de
um projeto que se encontra na fase de elaboração,
beneficiando a região Semiárida com a
criação de Pólos Modelos de Produção
de Mamona. Nos dias 6 e 7 de dezembro, técnicos do
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e
Petrobrás, reuniram-se na Embrapa Algodão, em Campina
Grande, para alinhar condutas e firmar parceria. Os estudos tiveram
início ainda durante o V Congresso de Mamona realizado em
setembro deste ano, em Guarapari/ES.
O projeto será direcionado para pequenos produtores que tenham
de dois a cinco hectares plantados, sejam vinculados a
associações e participem de uma organização
produtiva da mamona. Cada UTD/Escola de Campo será um
pólo de aprendizado de técnicas de cultivo, manejo
colheita e pós-colheita validando a metodologia de que os
núcleos modelos desenvolvidos são sustentáveis. A
perspectiva é que os produtores em dois anos sejam
autossustentáveis e aptos a conduzir sua produção
e que esses modelos sejam disseminados para outros locais e em outros
Estados.
Segundo o Coordenador Regional de Biodiesel no Nordeste e Minas Gerais
do MDA, Stephan Görtz, a idéia do projeto “é
aprender fazendo”. “O projeto trará visibilidade
para os produtores da mamona uma vez que investidores e
indústrias interessadas terão os núcleos modelos
como referência. Muitos tomadores de decisão e empresas
ainda têm dificuldade de enxergar a viabilidade da cultura da
mamona para a parte empresarial. O modelo irá demonstrar a
cultura como economicamente viável – que vale a pena o
Estado investir na formação desses núcleos”,
afirmou.
Alcance do projeto
Serão contemplados sete municípios nos estados da Bahia e
do Ceará. A coordenação e a
capacitação para Transferência de Tecnologia
ficará sob a supervisão da Embrapa Algodão.
“A Embrapa dispõe de um elenco de tecnologias para a
produção da mamona que será implantada nestes
Pólos de Produção Assistida, com base nas
UTD’s capaz de promover um novo estímulo à cultura
da mamona por parte dos agricultores de base familiar. E esta parceria
é muito bem vinda, pois é através da soma de
esforços que poderemos promover com maior amplitude a cultura da
mamona, uma das poucas opções rentáveis para a
região semiárida do NE”, informou o chefe de
Transferência de Tecnologia, Odilon Reny Ribeiro.
Conforme os técnicos do MDA, a baixa produção de
mamona, o reduzido uso de tecnologia, dispersão
geográfica, baixa atratividade e alto risco para créditos
foram alguns dos fatores analisados para desenvolver o projeto que, ao
implementar a capacitação propiciará a
credibilidade dos pequenos produtores na cultura da mamona. Isso
significa sustentabilidade do produto, alto valor de mercado quebrando
a resistência de liberação de crédito,
além de compra assegurada por indústrias compradoras,
fechando o ciclo da cadeia produtiva.
O projeto deve ter início em meados de 2013 e os primeiros
resultados devem ser apresentados já no VI Congresso da Mamona,
em 2014, em Fortaleza/CE.
Jany Cardoso (MTB-DF 08337)
Núcleo de Comunicação Organizacional - NCO
Embrapa Algodão
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