A Embrapa
Algodão participou do XXVIII Congresso Brasileiro da
Ciência das Plantas Daninhas, promovido pela Sociedade Brasileira
da Ciência das Plantas Daninhas – SBCPD, de 3 a 6 de
setembro, em Campo Grande/MS. Com o tema “A Ciência das
Plantas Daninhas na Era da Biotecnologia”, o evento teve por
objetivo promover a discussão entre as
instituições públicas e privadas para o
desenvolvimento científico e tecnológico na área
de plantas daninhas tendo como principal ferramenta o uso da
biotecnologia.
Na ocasião, a Unidade foi representada pelo chefe-geral,
Napoleão Beltrão, e pelo pesquisador Augusto Costa, que
participaram de mesa redonda sobre Manejo de plantas daninhas na
cultura do algodão. O chefe-geral ministrou palestra sobre
Novas tecnologias no manejo de plantas daninhas e Augusto, sobre
Plantas daninhas e seus efeitos na cultura do
algodão. A mesa redonda também teve palestra do professor
da UNIVAG (Várzea Grande/MT), Anderson Cavenaghi, sobre Manejo
integrado de plantas daninhas na cultura do algodão e a
moderação do professor da Universidade Federal do Mato
Grosso, Sebastião Guimarães Carneiro.
Após as palestras, os pesquisadores da Embrapa Algodão
responderam a perguntas sobre manejo de herbicidas e de outras
práticas agrícolas como rotação cultural,
preparo do solo com a técnica invertida, gradagem e
aração com arado de aiveca, entre outras
práticas, visando maior eficiência e rentabilidade no
controle de plantas daninhas com mais sustentabilidade.
“A grande preocupação no congresso como um todo foi
a resistência das plantas daninhas aos herbicidas, em especial o
glifosato, que é o mais utilizado no mundo nos últimos 35
anos, como um consumo total estimado em mais de um bilhão
de quilos do equivalente ácido por ano, o que significa mais de
um bilhão de hectares tratados com este produto”,
relatou Napoleão Beltrão.
Segundo ele, já existem mais de 10 espécies de plantas
daninhas resistentes ao glifosato e dezenas resistentes a outros
herbicidas, “o que é extremamente preocupante”.
“Novas moléculas e novos mecanismos de ação
estão sendo pesquisados para futuros lançamentos no
mercado mundial, que cultiva hoje mais de 1,2 bilhão de
hectares, com 15% irrigados”, afirmou.
“O grande desafio é produzir alimentos para mais de sete
bilhões de pessoas na face da Terra, caminhando para 10
bilhões até 2050, sem agredir muito o ambiente, ou seja
com sustentabilidade”, avaliou.
“As plantas daninhas, além de competir com as culturas
pelo substrato ecológico (água, luz, nutrientes e
dióxido de carbono), podem ser teletóxicas ou
alelopáticas, produzindo substâncias químicas que
retardam o crescimento de outras espécies ou simplesmente matam
seus competidores. Elas utilizam diversas estratégias para
resistir aos herbicidas, sendo uma das principais a
recombinação genética”, disse o chefe-geral.
Edna Santos (MTB-CE 1700)
Núcleo de Comunicação Organizacional
Embrapa Algodão
Contato:(83)3182-4361
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