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Diferencial tecnológico da Embrapa garante indicação geográfica para algodão colorido da PB


O diferencial tecnológico da Embrapa Algodão, com o melhoramento genético de cultivares de algodão colorido, foi decisivo para o reconhecimento do estado da Paraíba com o selo de Indicação Geográfica (IG) como produtor de algodão pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), no último mês de julho. O selo de Indicação Geográfica (IG) indica a Paraíba para produtos têxteis confeccionados com essas cultivares. A certificação garante a origem, agregando valor para os empreendedores paraibanos e segurança para os consumidores, especialmente, para aqueles que buscam produtos sustentáveis.

A novidade tecnológica – o algodão que já nasce naturalmente colorido – desenvolvida pela Unidade da Embrapa, com sede em Campina Grande-PB – possibilitou que esta região brasileira fosse capaz de superar a queda na produção do algodão branco tradicional na década de 1980, retomando os plantios a partir de 2000.

O algodão colorido também é cultivado em outros estados brasileiros, mas a Paraíba articulou nos últimos dez anos uma cadeia produtiva do algodão colorido desde a pesquisa para o melhoramento genético da semente e o crédito para financiar o plantio; o beneficiamento da pluma e o processamento do fio e da malharia; a confecção de roupas, mantas, redes e artefatos, até a comercialização nos mercados brasileiro e mundial (Estados Unidos, Europa e Japão).

A proposta do selo de IG foi feita ao INPI em 2010 pela Cooperativa de Produção Têxtil Afins do Algodão do Estado da Paraíba - CoopNatural. A cooperativa conta com 29 associados e fabrica peças de vestuário e para a casa, além de brinquedos de pano confeccionados a partir de rejeitos de matéria prima. Mas o processo de obtenção do selo começou antes, em 2008, quando a CoopNatural conseguiu aprovar junto ao Sebrae um financiamento para todo o trabalho de aprovação e implantação do selo. Em seguida, a Delegacia Estadual do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – DFA-PB/Mapa promoveu a arregimentação dos cotonicultores familiares paraibanos e os confeccionistas e industriais que trabalham com a fibra do algodão colorido. 

Para o economista da Embrapa Algodão, Gilvan Ramos, esse diferencial tecnológico precisa ser acompanhado de outras providências de todos os atores da cadeia produtiva visando garantir qualidade e regularidade da produção com algodão colorido.  “Não adiantará o lançamento de novas cultivares de algodão colorido se a cadeia produtiva não tiver uma coordenação que lhe garanta competitividade no mercado e lucros aos produtores”, afirmou.

Ao todo, a Embrapa Algodão já disponibilizou cinco variedades diferentes de algodão colorido no mercado, em tonalidades que vão do verde claro aos marrons claro, escuro e avermelhado. A primeira foi a BRS 200 Marrom, lançada em 2000; em seguida veio a BRS Verde, em 2003; e a BRS Safira e a BRS Rubi, ambas em 2005, e, por último, a BRS Topázio, lançada em 2010. Todas as variedades coloridas foram obtidas por meio de métodos de melhoramento genético convencionais.

Colaboração - Gilvan Ramos, economista da Embrapa Algodão
Edna Santos - MTB-CE 01700 JP
Núcleo de Comunicação Organizacional 
Embrapa Algodão
Contato: (83)3182-4361
edna.santos@embrapa.br