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Embrapa lança cultivar de mamona

A cultivar de mamona BRS Gabriela será lançada, em julho, durante o V Congresso de Mamona que acontece em Guarapari/ES. A cultivar, desenvolvida pela Embrapa Algodão (Campina Grande/PB), é um material precoce com alto teor de óleo ecom ampla adaptação, em relação as existentes no mercado.

A nova cultivar tem ciclo em torno de 150 dias entre o plantio e a maturação dos últimos racemos. Apresenta produtividade média de 1900 kg/ha em sequeiro, com altura de planta em torno de 160 cm. Em relação ao peso de 100 sementes, a BRS Gabriela, pode variar de 50 a 55 gramas, sendo que a BRS Energia é de 35 a 42 gramas. Estas características foram avaliadas segundo as recomendações técnicas apresentadas e podem apresentar variação em sistemas de cultivo diferenciado ou em condições ambientais distintas e a produtividade média em condições de sequeiro, em área experimental seguindo as recomendações técnicas preconizadas pela Embrapa. As sementes são rajadas, marrom avermelhada e bege, com teor de óleo em média de 50%.

Em virtude da maioria dos cultivos de mamona ser realizado em região semiárida, é fundamental que sejam utilizadas cultivares precoces, pois com isso reduz-se o período que a planta necessita de maiores volumes de água e é possível produzir mesmo com curtos períodos de chuva, explica a pesquisadora da Embrapa Algodão Máira Milani. Os pesquisadores Márcia Nóbrega, Francisco Pereira de Andrade e Nelson Dias Suassuna também são responsáveis pelo lançamento da cultivar.

A cultivar BRS Gabriela tem origem na linhagem CNPAM 2001-42, selecionada em 2001, em Irecê, BA, a partir de linhagens segregantes oriundas de cruzamentos entre as cultivares BRS Nordestina e BRS Paraguaçu, com altura inferior aos parentais. “Tem excelentes indicações para agricultura familiar”, destaca Máira. “Recomendamos o cultivo solteiro, ou seja, o monocultivo. Mas a BRS Gabriela também pode ser cultivada em consórcio com culturas de pequeno porte e ciclo curto, como o feijão, o caupi e o amendoim” adianta a pesquisadora.

A cultivar foi testada em todos os estados da região Nordeste, e ainda em Goiás, Roraima e Rio Grande do Sul, mostrando-se mais produtiva que a BRS Energia na maioria dos estados ou com diferenças não significativas. O óleo de mamona tem diversos usos e alto preço no mercado. Pode ser utilizado desde lubrificantes, tintas, até próteses ósseas e plástico biodegradável.  Além destes usos do óleo de mamona, há o uso deste na fabricação do biodiesel, que é um combustível limpo e renovável.

A mamona tem área de cultivo no Brasil entre 120 a 150 mil hectares, estando cerca de 80% da produção na Bahia. Entre os principais estados produtores também figuram Ceará, São Paulo, Minas Gerais, e Piauí. Na Bahia, a produtividade é de 600 a700 kg de bagas por hectare, com teor de óleo de 48%. Melhorando os sistemas de produção, diz Máira Milani, pode-se, no mínimo, dobrar essa produtividade. O aumento de produção do óleo de mamona poderá atender ao mercado brasileiro, que importa grandes volumes dessa matéria-prima da Índia, para atender a demandas crescentes das indústrias de lubrificantes, nylon, tintas, produtos secativos e ácido ricinoleico, complementa Máira. 

Mais informações sobre a cultivar de mamona BRS Gabriela entrar em contato com a Embrapa Algodão no site www.cnpa.embrapa.br, pelo e-mail sac@cnpa.embrapa.br ou pelo telefone (83) 3182-4300.

As sementes podem ser encomendadas no escritório do Embrapa Produtos e Mercados em Campina Grande pelo telefone (83) 3182 3248 ou (83)3341 2314 ou pelo e-mail daniel.ferreira@embrapa.br.

Jornalista responsável: Daniela Garcia Collares (MTb/114/01 RR)
E-mail: daniela.collares@embrapa.br
Embrapa Agroenergia
Tel: (61) 3448-1581