Romper
fronteiras e revisar o estudo mundial da mamona foi o foco de 22
cientistas especialistas na oleaginosa, que desde setembro de 2010,
reuniam-se para produzir o artigo, em conjunto, que condensa muito bem
a pesquisa mundial desse cultivo. Entre eles, os
pesquisadores da
Embrapa Algodão, Liv S. Severino (editor), Máira
Milani,
Dartanhã José Soares e Valdinei Sofiatti,
são
autores do artigo “A Review on the Challenges for Increased
Production of Castor“, publicado na revista
Agronomy
Journal, bem conceituada, mundialmente, na área de
agronomia.
Responsável pela estruturação e
edição, o pesquisador Liv informou que a ideia
surgiu em
uma reunião técnica, em Lubbock, no Texas, com
pesquisadores de vários países para discutir a
pesquisa
de mamona com um enfoque global. “A conclusão foi
de se
elaborar uma ampla revisão sobre o que já fora
publicado
promovendo uma maior interação entre eles. Outros
temas
que ainda não haviam sido discutidos foram
incluídos,
ampliando a importância e abrangência do
trabalho”.
Considerações
Em uma rápida análise, Liv considera como maior
destaque,
a urgência de se desenvolver uma tecnologia para
mecanização da colheita de mamona tendo
dificuldade em
encontrar literatura sobre o tema. Outro ponto relatado é a
necessidade de maior cooperação internacional em
pesquisa
de mamona: “os exemplos dessas pesquisas conduzidas por
pesquisadores de diferentes países são muito
raros, mas
todos se beneficiariam de uma maior interação a
exemplo
do que ocorre com outras grandes culturas”.
O editor constata ainda que, nesse processo de revisão de
literatura entre os principais produtores de mamona, o Brasil
–
que está entre os três maiores no mundo,
concorrendo com
Índia e China – é o único
país com
capacidade de aumentar significativamente a
produção nos
próximos anos, desde que viabilize tecnologia para a
completa
mecanização do cultivo.
Segundo o pesquisador Liv, “os três
países
estão passando por um processo de encarecimento da
mão-de-obra em decorrência do desenvolvimento
econômico (por coincidência os três
são
membros dos BRIC – países em desenvolvimento) e em
todos
eles a colheita manual está se tornando inviável.
Esta
é uma oportunidade para que o Brasil volte a ter uma maior
participação na produção
mundial de
mamona”, finaliza.
O artigo pode ser acessado no endereço eletrônico:
https://www.agronomy.org/publications/aj/new-articles
Jany Cardoso - (MTB-DF 08337)
Colaboração: Liv Soares Severino
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