A Embrapa Algodão recebeu o catedrático botânico Dr. Leopoldo Vásquez Núñes, e o agrônomo Leopoldo Percy Vásquez Arca da Universidad Nacional Pedro Ruiz Gallo, no distrito de Morrope, em Lambayeque, situada no norte do Peru, no período de 9 a 14 de abril para conhecer a Unidade e o trabalho tecnológico desenvolvido com as diversas variedades do algodão colorido visando um intercâmbio entre as duas entidades.  Em um dos encontros de trabalho, os especialistas apresentaram vasto material com dados sobre a cultura algodoeira, essencialmente nativa em seu país, destacando peculiaridades das espécies e a preocupação de recuperar sementes quase perdidas de algodão colorido. Em contrapartida, foi realizada exposição do pesquisador Luiz Paulo de Carvalho, supervisor do Laboratório de Fibras e Fios sobre as cultivares desenvolvidas no Nordeste brasileiro, após exibição de vídeo institucional.

Especialista em plantas úteis de seu país, Dr. Vásqués afirma que o Peru é um dos maiores centros de origem do mundo, como a batata e outras plantas comestíveis ou úteis – algodão –no caso a espécie Gossypium barbadense L; coordena o projeto que a Universidade desenvolve com algodão colorido nativo de diferentes matizes visando coletar, preservar  e realizar o melhoramento genético. Veio também conhecer a forma como o desenvolvimento de tecnologias da Embrapa e o apoio à cadeia produtiva viabiliza a utilização da matéria prima nos produtos comercializados.

Segundo ele, a cultura do algodão vem de época anterior aos Incas e os tipos de fibra longa e extra longa do Peru são conhecidos mundialmente. As variedades que são encontradas em todo o país andino em sítios naturais apresentam fibras longas e de boa qualidade. Semeadas e colhidas manualmente, são processadas de forma artesanal, totalmente orgânica, sem uso de colorantes ou agrotóxicos e sem cultivo em escala comercial.

A visita do Dr. Leopoldo irá permitir parceria no desenvolvimento de cultivares de algodão com novos matizes de cores.