Desertificação, distribuição de água, tranposição do rio São Francisco foram um dos assuntos abordados na sessão especial, realizada  na Câmara de Vereadores de Monteiro-PB, na última quinta-feira, 18. “Desertificação – Causa e Efeitos” foi o tema da palestra proferida por Napoleão Beltrão, Pesquisador e Chefe Geral da Embrapa Algodão, que falou sobre as características de áreas transformadas em deserto, explanando sobre a relação do crescimento populacional com a fome mundial.

Conforme consta e suas definições, Desertificação é o fenômeno que corresponde à transformação de uma área num deserto. Segundo a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, é "a degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas". Considera as áreas suscetíveis aquelas com índice de aridez entre 0,05 e 0,65. Os desertos começam a se formar com as mudanças na composição das flores, passa pelo desaparecimento da vegetação original, intensifica-se com a destruição gradual da camada florística, o que resulta na manifestação do solo, através da erosão e da perda da fertilidade e da estrutura.

As principais causas da desertificação ainda se pauta no mal uso da atividades agrícolas e pecuárias, como por exemplo, a utilização da grade aradora, as queimadas, entre outras atividades extrativistas e predatórias dos recursos naturais renováveis. Por outro lado, um dos efeitos desse processo é a erosão dos solos e diversos problemas envolvendo vegetações.

A audiência pública partiu do interesse do vereador Juraci Conrado (PTB), em discutir os  efeitos climáticos e seus reflexos na região. Com esse objetivo, outras autoridades compareceram a sessão, a exemplo de vereadores, secretários, presidentes de sindicatos rurais, associação de moradores e de ONG's. O evento contou também com a presença do gestor ambiental, João Ferreira Filho, que assim como o chefe da Embrapa Algodão, ministrou uma palestra temática sobre a “ A Distribuição Espacial da Água de Beber – Projeto de Transposição do Rio São Francisco”, onde foi intensificada a importância da transposição para o Semi-Árido.