Liv Soares Severino, Pesquisador da Embrapa Algodão que
está em Pós- Graduação no
Texas, participou
entre os dias 8 a 10 de fevereiro do evento “2010 National
Biodiesel Conference & Expo”, que é
organizado
anualmente pelo National Biodiesel Board, principal entidade de
organização e articulação
do setor de
biodiesel nos Estados Unidos.
O evento deste ano foi realizado na cidade de Grapevine, Texas e contou
com a participação de aproximadamente 1.200
pessoas,
sendo a maioria dos participantes ligados à
indústria,
entidades de apoio, responsáveis por políticas
públicas e logística.
Como o congresso não é predominantemente
científico, os destaques foram as palestras sobre temas
variados, tais como:
- Como
as empresas de petróleo
encaram a competição com o biodiesel;
- Quais
as perspectivas futuras para
o biodiesel nos Estados Unidos;
- As
novas regras ambientais para
biocombustíveis e como o biodiesel atenderá a
estes
critérios;
- O
transporte de biodiesel através
de oleodutos para reduzir os custos logísticos.
Embora estivessem todos tentando manter um aparente otimismo em
relação ao futuro do biodiesel nos Estados
Unidos, na
verdade o setor está em meio a uma grave crise que
praticamente
paralisou a produção deste
biocombustível desde o
início do ano. A produção de biodiesel
recebia um
incentivo do governo de 1 dólar para cada galão
produzido
(aproximadamente R$ 0,50 por litro). Porém, a lei que dava
direito a este subsídio venceu no final de dezembro e desde
então o incentivo foi suspenso. Estão todos
trabalhando
para que a lei retorne o mais rápido possível,
mas ainda
não há previsão de quando isto
ocorrerá ,
estando por enquanto, tudo parado - Diz Liv Severino.
Acrescenta também, que semelhante ao Brasil, o biodiesel
norte-americano é feito predominantemente de óleo
de
soja, com um pouco de uso de óleo de algodão e
sebo. Eles
também estão trabalhando para diversificar as
matérias primas (a mamona é uma das
opções), mas ainda estão longe de
utilizar
qualquer destas alternativas de forma comercial e competitiva. As algas
são a alternativa mais comentada como matéria
prima
alternativa, mas as experiências existentes ainda
estão
muito distantes da viabilidade comercial, pois são feitas em
escala laboratorial. As limitações
tecnológicas
ainda são enormes. Outra semelhança com o Brasil,
é que as principais regiões de
produção da
matéria prima são distantes das maiores
regiões
consumidoras e isso encarece o transporte do biocombustível.
Embora a infra-estrutura norte-americana seja extremamente melhor que a
brasileira, este ainda é um problema sério.
Redação:
José Carlos Aguiar
Informações: Liv Soares Severino
Área de Comunicação Empresarial e
Negócios
Tecnológicos – ACENT
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