A Embrapa Algodão participa, no período de 8 a 12
de
fevereiro, do Show Rural Coopavel, uma das mais importantes feiras do
agronegócio nacional, mostrando tecnologias de ponta para as
culturas do algodão, mamona, gergelim e amendoim.
O evento
ocorre na cidade de Cascavel (PR), uma das grandes
metrópoles da
costa oeste brasileira, que polariza uma região com quase 2
milhões de habitantes.
Uma primeira tecnologia a ser mostrada
é a
dos algodões coloridos nas variedades BRS Verde e BRS
Safira.
“A unidade vai levar sementes, amostras de fibras, roupas,
utensílios e produtos decorativos”, adianta
José
Carlos Aguiar, gerente da Área de
Comunicação
Empresarial e Negócios Tecnológicos (ACENT) da
Embrapa
Algodão.
A BRS Safira foi bastante produtiva em
condições de sequeiro, obtendo um bom rendimento
médio. Sua planta possui altura média de 1,30m e
ciclo
até a colheita de 140-150 dias. As fibras coloridas
dispensam
todas as fases do processo de tingimento, reduzindo custos na
obtenção do tecido, os gastos com água
e energia,
além de ainda reduzirem a quantidade de efluentes a serem
tratados e os impactos ambientais. “A existência de
uma
cadeia produtiva que gera um produto com apelo ecológico,
pode
estimular o nível de consciência ambiental de
maneira
geral, beneficiando a todos os
segmentos da cadeia produtiva”, diz Aguiar.
Uma outra cultivar de algodão
para ser vista
na Coopavel é a BRS Araripe, que foi obtida por meio de
seleção direta aplicada sobre a cultivar CNPA ITA
90,
para tolerância à seca e
adaptação ao
Semi-Árido Nordestino. As plantas da cultivar apresentam
porte
médio (110 cm), ciclo médio (140 dias),
produtividade
média de algodão em caroço de 2.725
kg/ha (181,7
@/ha) e de 1.090 kg/ha algodão em fibra (72,7 @/ha).
“Pode alcançar produtividade de até
4.922 kg/ha,
dependendo das condições do local do plantio. A
cultivar
apresenta resistência moderada às principais
doenças foliares. Ela apresenta características
de fibras
com padrão compatível com as exigências
do mercado,
apresentando um ganho significativo em resistência, grau de
amarelecimento, reflectância, rendimento de fibras e
fiabilidade”, informa o agrônomo.
Amendoim
“Vamos mostra
também a cultivar de
amendoim BR 1, exibindo sementes e com produtos para
degustação”, diz Aguiar, acrescentando
que a
cultivar foi lançada pela Embrapa Algodão em
1994,
atendendo uma demanda dos agricultores nordestinos que não
tinham uma cultivar adaptada a região. Essa cultivar
é
precoce, produtiva e tolerante a mancha parda (Cercospora
arachidicola). É recomendada para consumo in natura e para a
indústria de produtos alimentícios por possuir
baixo teor
de óleo (45%) e 29% de proteína bruta. A planta
apresenta
porte ereto, vagens com 3-4 sementes de formato arredondado e
coloração vermelha. A quantidade de sementes
necessárias para plantar um hectare varia de 64 a 150 kg/ha,
dependendo do espaçamento.
Energia para biodiesel
A cultivar de mamona BRS Energia é outra novidade da Embrapa
para a megafeira. Desenvolvida em rede pela Embrapa, EBDA e Emparn e
lançada em 2007, tem como principais vantagens o porte
baixo, em
torno de 1,40m, ciclo entre 120 e 150 dias, caule verde com cera,
cachos cônicos com tamanho médio de 60cm, frutos
verdes
com cera e indeiscentes. As sementes pesam entre 0,40g e 0,53g com as
cores marrom e bege, contendo 48% de óleo. A produtividade
média de 1.500 kg/ha e deve ser plantada em
espaçamentos
de 1x1m. “Os testes foram realizados nos Estados do
Ceará,
Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte e Bahia. A cultivar ainda
está sendo validada em outras regiões do
país e
sob condições de
mecanização. O
descascamento das sementes só pode ser feito em
máquinas”, explica a pesquisadora Maíra
Milani, que
desenvolveu a variedade.
A Cultivar BRS Paraguaçu, também será
demonstrada
na Coopavel 2010, com mostras de sementes e folders. Ela foi
desenvolvida pela Embrapa e EBDA. Tem porte médio, altura
média de 1,6m, caule de coloração roxa
e coberto
de cera, racemo oval, frutos semi-deiscentes e semente grande, de cor
preta, pesando aproximadamente 0,71g e contém 48%
de
óleo. A floração inicia-se
aproximadamente aos 50
dias após a emergência. Deve ser plantada em
espaçamento entre linhas variando de 3m (consorciado) a 2,5
(solteiro) e 1m entre plantas. “Essa cultivar foi
desenvolvida
para plantio em região semi-árida e para uso na
agricultura familiar, com plantio e colheita manual (parcelada),
ciclo longo (até 250 dias se houver disponibilidade de
água) e grande tolerância à seca. Tem
susceptibilidade moderada ao mofo cinzento. Em
condições
normais, com fertilidade do solo mediana, altitude superior a 300m,
tratos culturais adequados e pelo menos 500mm de chuva pode produzir
1.500 kg/ha de sementes a cada ano”, diz Zé Carlos
Aguiar.
Gergelim Seda
Sementes e produtos para
degustação da
cultivar de gergelim BRS Seda, lançada pela Embrapa
Algodão em 2006 também serão
demonstrados. A
cultivar possui coloração branca e é
muito
importante para as indústrias de alimentos e confeitos e,
além disso, esta nova cultivar tem um teor de
óleo
superior a outras, desenvolvidas anteriormente. “O teor de
óleo da BRS Seda pode chegar a 52% do peso da semente. Suas
sementes são brancas, possui ciclo precoce (até
90 dias)
e produtividade um pouco maior do que outras cultivares, chegando a
2.500 quilos por hectare em condições ideais de
água, solo e manejo. Outra vantagem é que a BRS
Seda
é mais tolerante à seca e também
às
principais doenças da cultura. Ela consegue ter uma boa
produção mesmo apresentando ocorrências
das
doenças”, detalham os agrônomos da
Embrapa
Algodão.
REDAÇÃO:
Dalmo Oliveira - Jornalista - Registro profissional 0859 (DRT-PB)
Área de Comunicação Empresarial e
Negócios
Tecnológicos – ACENT
Informações: José Carlos Aguiar da
Silva
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