As pesquisadoras da Embrapa Algodão, Liziane Maria de Lima e
Lúcia Vieira Hoffmann, participaram no
último dia
20 de novembro, em Brasília (DF), de um evento para
assinatura
de contrato de cooperação entre a Monsanto e
Embrapa.
Serão quase R$ 800 mil para pesquisas com a cultura do
algodão coordenadas por elas na Paraíba.
O título do projeto de pesquisa de Hoffmann é
“Identificação de marcadores
moleculares associados
a genes de resistência do algodoeiro (Gossypium hirsutum L.)
a
doenças sem controle curativo: doença azul e
mancha
angular”, e tem um investimento previsto para até
2011 de
R$ 472, 600 mil.
Segundo a pesquisadora, um dos objetivos do projeto é mapear
um
padrão de resistência à
doença azul em
algodão. “Isto é feito cruzando um
algodoeiro
resistente à doença com outro
suscetível. Os
'netos' deste cruzamento são mapeados com marcadores
moleculares
para identificar qual região do genoma correlaciona-se com a
resistência à doença. Espera-se com
isso conseguir
uma marca molecular que caracterize a resistência, criando
para o
melhoramento genético uma técnica que pode ser
decisiva
para a agilidade e segurança na
seleção de
genótipos”, explica Hoffmann.
O projeto da pesquisadora Liziane de Lima chama-se
"Prospecção de promotores de algodão"
e tem como
principal objetivo prospectar genes vegetais de tecidos
específicos para utilizá-los na busca de
promotores a
partir de tecidos de plantas de algodão.
“No futuro,
os promotores poderão ser utilizados em fusão com
genes
codificadores de proteínas com atividade inseticida, e
disponibilizá-los para serem introduzidos em culturas de
plantas
brasileiras e agronomicamente importantes”, detalha Lima.
Ela explica que o projeto foi iniciado em março com
previsão de três anos de
execução. As
pesquisas estão sendo desenvolvidas no
laboratório de
biotecnologia da Embrapa Algodão, em Campina Grande (PB).
No evento em Brasília, com a presença do
presidente do
Conselho Administrativo e diretor executivo da Monsanto, Hugh Grant,
foi entregue um cheque simbólico de mais de R$ 7.800
milhões destinados a financiamentos de projetos. Os recursos
são oriundos de um fundo de financiamento para pesquisas,
gerado
dos royalties, oriundos dos direitos de propriedade
intelectual
sobre a comercialização de variedades de soja da
Embrapa
com a tecnologia Roundup Ready®, da Monsanto, durante a safra
2007/08.
Redação: Dalmo
Oliveira - Jornalista (MTb/PB N.º 0598)