O chefe geral da Embrapa
Algodão,
Napoleão Beltrão, proferiu nova palestra sobre a
interface energética entre oleaginosas e
biocombustíveis.
Dessa vez a platéia agraciada foi formada por cerca de 300
pessoas representando a comunidade acadêmica da Universidade
Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), no dia 11 de setembro,
durante o I Simpósio Nordestino de
Biocombustíveis.
A palestra versou sobre a
"Produção e
Situação Atual das Oleaginosas para
Produção de Biodiesel" para um público
que lotou o
auditório central da UFRPE, localizado no bairro de Dois
Irmãos, na capital pernambucana. O especialista falou do
mercado
mundial de biocombustíveis, numa conjuntura global onde a
demanda por alimentos só aumenta. “Por isso a
importância de plantas cada vez mais produtivas, com alto
teor de óleo, que possam ser cultivadas de
maneiras que
agridam ao mínimo o ambiente, mas possam dar
lucro”, diz
Beltrão.
Visita institucional
O executivo da Embrapa aproveitou a
estada na UFRPE
para visitar os pesquisadores da estatal que utilizam o
Laboratório de Biotecnologia daquela universidade, onde
estão sendo desenvolvidas pesquisas com algodão
transgênico e com melhoramento do amendoim, visando a
produção de biodiesel.
“Ele teve oportunidade de
conhecer as instalações do laboratório
e a equipe que
trabalha conosco. Foi apresentado a ele os primeiros resultados
referentes ao amendoim branco, um novo material do tipo Runner, com
alto teor de óleo (acima de 50%) e com ciclo de 115 dias.
Esse
material encontra-se em ensaios de rede e tem previsão de
lançamento no final de 2009”, conta a melhorista
Roseane
Cavalcanti, que pesquisa junto com os colegas da UFRPE há
alguns
anos.
Durante a visita, Napoleão
Beltrão
conheceu também os trabalhos feitos na área
molecular
sobre o algodão transgênico e ficou muito
satisfeito com
os resultados já conseguidos pela equipe. “O
supervisor da
área de Genética da UFRPE, Professor Reginaldo
Carvalho
ressaltou a importância da parceria entre UFRPE e Embrapa e
os
grandes benefícios que têm sido gerados entre as
partes,
especialmente na capacitação e treinamento dos
estudantes
e técnicos que estão sob minha
responsabilidade”,
afirma Cavalcanti.
“Estamos bem adiantamos na
transgenia de um
tipo especial de Bt de algodão, com genes para
resistência
ao bicudo e para lagartas, em especial a Spodoptera.
Estão
consolidadas também as pesquisas com amendoim,
cujas
variedades deverão ser lançadas no
próximo ano,
com cultivares do tipo ramadoras, de ciclo em torno dos 120 dias e com
elevado teor de óleo, acima de 50 % do peso da semente, para
atender ao Programa Brasileiro de
Biocombustíveis”,
informou Beltrão.
Redação:
Dalmo Oliveira - Jornalista (MTb/PB N.º 0598)