Napoleão
Esberard assume novamente
destinos da empresa na PB
para mandato de quatro anos
Engenheiro Agrônomo e pesquisador Napoleão
Esberard de
Macêdo Beltrão é o novo chefe geral da
Embrapa
Algodão, Unidade da estatal do Ministério da
Agricultura,
Pecuária e Abastecimento na Paraíba. Ele foi
nomeado no
final da semana passada pelo presidente da empresa Sílvio
Crestana, depois de uma série de
avaliações numa
disputa pública com o também ex-chefe Eleusio
Curvelo.
O executivo concede amanhã, dia 28, no auditório
da
Embrapa Algodão, a partir das 9 horas, uma entrevista
coletiva
à imprensa local, onde fala de suas principais metas para a
gestão de quatro anos que tem pela frente.
Doutor em Fitotecnia, com concentração em
Fisiologia da
Produção pela Universidade Federal de
Viçosa,
Napoleão trabalha em pesquisa e desenvolvimento
há 35
anos, dos quais 34 na Embrapa tendo produzido, mais de 170 artigos
científicos publicados em periódicos nacionais e
internacionais e participou da feitura de mais de duas
dezenas de
tecnologias para as culturas do algodão, da mamona do
amendoim e
do gergelim.
O pesquisador pretende incrementar as ações de
pesquisa,
desenvolvimento e inovação.
“Há a
necessidade de se atualizar os cenários e as demandas dos
produtos trabalhados pela Embrapa na Paraíba
(algodão,
mamona, gergelim, amendoim, sisal , possivelmente o
pinhão
manso e a faveleira) com pesquisas portadoras de futuro, tais como
cultivares transgênicas de algodão,
algodões de
novas cores de fibra, mamona super-precoce e com maior teor de
óleo”, adianta Beltrão.
Napoleão garante que a agricultura familiar
deverá
continuar a ser bem contemplada, no tocante as pesquisas feitas
diretamente nas fazendas de produtores e uso de UTDs (Unidades de
Testes e Demonstração), com projetos de escolas
no campo,
para ajudar os agricultores a aprender fazendo. “No
âmbito
da agricultura empresarial, investiremos pesado na
definição de novas cultivares e sistemas de
produção”, assegura o pesquisador.
Ele pretende também estabelecer o projeto de
criação do Observatório de Oleaginosas
e Fibrosas
em sincronia com os escritórios de
prospecção de
tecnologias da Embrapa instalados nos Estados Unidos, na Europa e na
África.
Outra proposta interessante do novo chefe geral da Embrapa
Algodão diz respeito ao aprofundamento de estudos sobre as
mudanças climáticas e as
alterações do
ambiente, através de pesquisas que visem o crescimento e
desenvolvimento das culturas trabalhadas pela unidade em busca de
plantas mais resistentes à seca, às temperaturas
supra-ótimas e outros estresses ambientais.
Beltrão pretende ainda instalar um comitê de
ética
na Unidade e fortalecer parcerias com órgãos do
Governo
do Estado (como Secretaria da Agricultura, Emepa. Emater etc),
além de otimizar as relações com as
fundações de amparo à pesquisa,
especialmente
aquelas vinculadas às cadeias produtivas pesquisadas pela
Embrapa Algodão.
Em 1997 Napoleão Beltrão recebeu o
título de
Cidadão Campinense e em 1998 o título de
Cidadão
Paraibano. Sua produção científica
ultrapassa 1000
obras. Há mais de 22 anos trabalha com a mamona, tendo
desenvolvido várias tecnologias, com destaque para o
consorcio
mamona + feijão vigna (Phaseolus). Trabalha há
mais de 30
anos na pesquisa com algodão. Incansável
investigador,
Napoleão é atualmente aluno de
Pós-Doutorado da
UFCG em Bioenergia e Matérias-Primas, em especial a mamona.
Redação:
Dalmo Oliveira - Jornalista (MTb/PB N.º 0598)