O evento será realizado na Comunidade Gabinete, Assentamento
Queimadas, e é destinado a agricultores e agricultoras
familiares que produziram algodão de forma
agroecológica
para que possam socializar e multiplicar suas experiências. O
evento é uma atividade do projeto “Escola
Participativa do
Algodão”.
“A expectativa dos organizadores e que se façam
presentes
cerca de 500 participantes da diferentes regiões do estado
da
Paraíba. Como os agricultores e técnicos das
regiões do Sertão, Cariri, Agreste,
Curimataú,
Seridó, Serra de Teixeira e região de Princesa
Izabel bem
como de outros estados Rio Grande do Norte e Pernambuco”, diz
Melchior Batista, pesquisador da Embrapa Algodão e
organizador
do evento rural.
Ele explica que o evento tem como objetivo divulgar de forma
participativa o desenvolvimento dos sistemas produtivos, tendo como
matriz produtiva a agroecologia. “No momento estamos
trabalhando
a transição agroecológica das unidades
de
produção familiar, tendo como ponto de partida a
cultura
do algodão que tradicionalmente e culturalmente esteve
presente
no seio da agricultura familiar da
região. Portanto, retomar, estimular e gerar renda
através do cultivo do algodão
agroecológico nas
unidades de produção familiar da
região é a
estratégia da transição
agroecológica”, acrescenta Batista.
O dia-de-campo será composto por quatro grandes etapas.
Inicialmente haverá a apresentação das
experiências de produção do
Algodão
Agroecológico. Em seguida ocorrem momentos de lazer com
atrações culturais (forró
pé-de-serra e
repentistas) e uma corrida de Argolinha. Na fase final o evento promove
uma exposição de produtos da agricultura familiar
agroecológica.
Histórico
No ano de 2006 o projeto teve a participação de
18
famílias de agricultores. Esses foram inseridas num processo
de
formação onde se discutiu as questões
sobre um
modelo de agricultura livre de agrotóxicos e de queimadas. A
comercialização está sendo
construída e
exercitada pelos agricultores familiares com apoio das
instituições de assessoria com as empresas do
setor
têxtil como YD Confecções de
São Paulo e
Coopnatural da Paraíba. Em 2006, buscando um
preço justo,
o projeto conseguiu negociar o algodão
agroecológico por
um valor de 25% acima do maior preço pago ao
algodão
convencional. O processo de certificação
aconteceu
mediante inspeção do Instituto
Biodinâmico (IBD),
este acompanhado pelas instituições proponentes e
parceiras do projeto. A produção no ano de 2006
atingiu
aproximadamente 5 toneladas de algodão.
Em 2007 o projeto foi ampliado para novos municípios, com
mais
50 famílias de agricultores totalizando 96 hectares de
algodão (branco e colorido) agroecológico.
A estimativa de
produção para este ano
é de aproximadamente 30 toneladas de algodão
agroecológico/orgânico. Dentro dessa
dinâmica de
produção estão presentes os
consórcios, as
estratégias de época de plantio,
espaçamento,
barreiras com outras culturas. Essas experiências
serão
todas socializadas durante o Dia de Campo do Algodão
Agroecológico.