Servidores da
Embrapa Algodão, em Campina Grande, prestam nesta
quarta-feira a
derradeira homenagem ao pesquisador José Irineu Cabral,
falecido
nesta terça-feira, dia 31 de julho, em João
Pessoa, aos
82 anos, vítima de um câncer na medula.. O corpo
de Irineu
será velado na central de velórios Apta, na
avenida
Floriano Peixoto. Ele será sepultado no cemitério
do
Monte Santo, a partir das 10h.
“A pesquisa agropecuária brasileira perde um dos
seus mais
brilhantes pioneiros e o Brasil um dos mais engajados
cientistas”, comenta Robério Ferreira dos Santos,
chefe
geral da Embrapa Algodão. A unidade paraibana, o Sinpaf e a
associação dos empregos da Embrapa em Campina
Grande
providenciaram coroas de flores para homenagear o pesquisador falecido.
Um dos fundadores da Embrapa, Irineu Cabral dedicou parte da sua vida
ao avanço da ciência agropecuária,
deixando como
lição a importância da pesquisa para o
fortalecimento da agricultura do país. Ao tomar posse como
presidente da Embrapa, em 26 de abril de 1973, Irineu assumiu o desafio
de contribuir para o desenvolvimento de uma empresa que apoiasse uma
agricultura, a um só tempo, moderna e eficiente, e acima de
tudo, instrumento de justiça e progresso nacional.
“Nada
mais fascinante para esta geração de
administradores, de
técnicos e cientistas, de líderes do setor
privado, dos
produtores e trabalhadores, do que esta missão de construir
e
desenvolver uma instituição como a
Embrapa”,
ressaltou em seu discurso de posse.
Pernambucano, nascido no município de Surubim, Irineu
estudou
Economia e se formou em Direito, pela Universidade do Brasil, no Rio de
Janeiro, em 1950. Dedicou-se exclusivamente ao gerenciamento de
instituições rurais, a maioria delas relacionadas
com
projetos agrícolas, de crédito,
assistência
técnica e estudos agrários, Irineu acumulou
também
experiência internacional na direção de
organismos
como o Instituto Interamericano de Cooperação
para a
Agricultura (IICA), Comitê Interamericano de Desenvolvimento
Agrícola (Cida) e o Departamento de Projetos
Agrícolas do
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
No Brasil, foi chefe de gabinete do Ministério da
Agricultura e
fundador da Associação Brasileira de
Crédito e
Assistência Rural (ABCAR), entre outras
instituições de importância do setor
agrícola.
Sol da Manhã - Em 2005, publicou o livro “Sol da
Manhã” - A Memória da
Embrapa” que revela
detalhes sobre a criação da empresa. Ao escrever
a obra,
Irineu procurou resgatar a memória da
instituição,
relatando fatos e episódios que marcaram a
implantação da Embrapa, destacando-se as
conquistas e
avanços alcançados, a significativa
contribuição ao desenvolvimento da agricultura
nacional e
dificuldades e obstáculos encontrados ao longo dos anos.
Homenageado pela Embrapa Cerrados (Brasília-DF), em 2003,
junto
com os outros primeiros diretores executivos da Embrapa, Eliseu Roberto
de Andrade Alves, Edmundo da Fontoura Gastal, Roberto Meirelles de
Miranda e Almiro Blumenschein, Irineu Cabral ressaltou que o sonho de
1972 estava em plena realização.
“Estamos felizes
com a homenagem e com o reconhecimento de que somos alguns dos
fundadores deste grande orgulho que é a Embrapa.”
Para o atual presidente da Embrapa, Silvio Crestana, Irineu Cabral foi
base fundamental para que a Embrapa se tornasse hoje a
instituição nacional responsável, em
grande parte,
pelo apoio tecnológico à agricultura do
país.
“Ao longo dos seus 34 anos, a Embrapa apresenta um saldo de
conquistas positivo, e isso se deve ao envolvimento de pessoas
sérias e comprometidas com o progresso do país.
Irineu
Cabral foi uma dessas personagens que, com sua visão de
futuro,
construiu bases sólidas para consolidar um projeto inovador
para
a pesquisa agropecuária no Brasil.”
REDATORES:
Juliana Freire
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